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Um levantamento internacional divulgado pela Remitly, empresa norte americana do setor de serviços financeiros, colocou São Paulo entre as cidades mais estressantes do planeta. A capital paulista aparece na oitava posição de um ranking global que avaliou grandes centros urbanos a partir de indicadores ligados ao cotidiano da população.
O estudo analisou dados de 170 cidades ao redor do mundo, com informações coletadas em outubro deste ano. A proposta foi medir como fatores urbanos influenciam diretamente a sensação de pressão e desgaste diário, considerando aspectos financeiros, ambientais e estruturais.
Para chegar ao índice final, a pesquisa reuniu dados de diferentes bases internacionais. Entre elas estão a TomTom, responsável por relatórios globais de trânsito, além de instituições como Universidade Cornell, Fundação para Pesquisa sobre Igualdade de Oportunidades, Biblioteca Nacional de Medicina, Macrotendências, CEO World e IQAir.
A metodologia combinou cinco critérios principais. Foram avaliados o tempo médio necessário para percorrer dez quilômetros, o custo de vida sem incluir moradia, a qualidade e acessibilidade do sistema de saúde, o índice de criminalidade baseado na percepção de segurança e os níveis médios anuais de poluição do ar.
Cada indicador recebeu uma pontuação específica, que resultou em um índice geral de zero a dez. Quanto mais próximo do valor máximo, maior é o grau de estresse atribuído à cidade, segundo o modelo adotado pela empresa.
Com pontuação de 7,14, São Paulo ficou à frente de cidades como Turim e Kolkata, mas atrás de metrópoles como Nova York, Dublin e Cidade do México. De acordo com a Remitly, na América Latina fatores ligados à segurança pública têm peso significativo na elevação do estresse urbano.
A capital paulista compartilha desafios comuns a grandes cidades da região, como congestionamentos frequentes e percepção elevada de criminalidade. Esses elementos impactam diretamente a rotina de deslocamentos e a sensação de bem estar dos moradores, segundo a análise.
O ranking é liderado por Nova York, que obteve índice de 7,56. A combinação de trânsito intenso, altos custos diários e criminalidade contribuiu para o primeiro lugar. Dublin aparece logo atrás, com dificuldades relacionadas ao tempo de deslocamento e acesso à moradia.
Já a Cidade do México ocupa a terceira posição, marcada por congestionamentos e altos índices de insegurança.
Segundo o G1, o estudo também aponta que os fatores que mais elevam o estresse variam conforme a região do mundo. Na Europa e na América do Norte, o custo de vida aparece como principal fonte de pressão. Já em países latino americanos, a segurança costuma ter impacto mais relevante, segundo a Remitly.
Na outra ponta da lista estão cidades consideradas menos estressantes. Eindhoven, nos Países Baixos, lidera esse ranking positivo, com índice de 2,34. A cidade se destaca pelos deslocamentos rápidos, serviços públicos eficientes e sistema de saúde de alta qualidade.
Utrecht, também na Holanda, e Canberra, na Austrália, completam o grupo das três menos estressantes. Segundo a empresa, esses exemplos mostram que é possível manter um ritmo de vida mais equilibrado quando há infraestrutura urbana eficiente, políticas públicas consistentes e custos mais controlados.
Em nota, a Remitly reforçou que a percepção de estresse varia de pessoa para pessoa. O ranking não pretende ser definitivo, mas oferecer uma leitura comparativa sobre como viver em diferentes cidades pode afetar o dia a dia, levando em conta fatores objetivos que moldam a experiência urbana.
Classificação Indicativa: Livre