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Publicado em 26/05/2025, às 16h35 Giovana Sedano
A série The Last of Us popularizou um cenário apocalíptico dominado por um fungo mortal, despertando uma dúvida real: isso poderia mesmo acontecer? Embora a trama seja fictícia, a ameaça fúngica no mundo real preocupa cientistas.
Fungos já causam milhões de infecções e mortes todos os anos e, com o aquecimento global, tendem a se espalhar ainda mais, atingindo novas regiões do planeta.
Os fungos fazem parte de um dos reinos biológicos mais diversos da Terra. Estão presentes no solo, em compostos orgânicos, na água e até no ar. Essa onipresença torna a ameaça difícil de ignorar. Embora não se espalhem como no enredo da série, eles representam riscos crescentes à saúde, principalmente para pessoas imunocomprometidas.
Pesquisadores da Universidade de Manchester estudaram o gênero Aspergillus, um grupo de fungos comum em ambientes urbanos e naturais. Ele pode causar aspergilose, uma infecção pulmonar que pode ser grave ou até fatal. Utilizando simulações climáticas e modelos de dispersão, os cientistas preveem que o alcance geográfico desse fungo aumentará conforme as temperaturas globais sobem.
O estudo revelou que o Aspergillus deve se expandir para regiões antes inóspitas, como partes da América do Norte, Europa, China e Rússia. Com o aumento do calor e da umidade, os fungos encontram novas oportunidades para crescer e infectar.
Fungos se espalham por meio de esporos minúsculos que viajam com o vento e penetram facilmente no organismo humano, especialmente pelas vias respiratórias. Essa capacidade de dispersão rápida, somada à resiliência do fungo, torna o controle extremamente desafiador em um planeta em transformação climática.
Apesar de The Last of Us ser uma obra de ficção, a ameaça fúngica no mundo real está longe de ser imaginária. Investir em pesquisa, monitoramento e prevenção é essencial para evitar que um cenário parecido, embora menos cinematográfico, se torne parte da nossa realidade.
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