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Foto: Reprodução/Redes Sociais
O caso que marcou o jornalismo brasileiro no início dos anos 2000 voltou a ganhar destaque nesta semana com o lançamento de Tremembé, no Prime Video. Antonio Marcos Pimenta Neves, ex-diretor de redação e jornalista renomado, passou ao regime aberto após cumprir parte da pena pelo assassinato da também jornalista Sandra Gomide, sua ex-namorada.
O crime aconteceu em agosto de 2000, em um haras em Ibiúna, a cerca de 64 quilômetros de São Paulo. Na época, ele tinha 63 anos, e Sandra, 32. A investigação apontou que o motivo do assassinato foi o inconformismo do réu com o término do relacionamento, que durou cerca de quatro anos, segundo a Agência Brasil.
O Tribunal do Júri de São Paulo condenou Pimenta Neves, em maio de 2006, a 19 anos e dois meses de prisão. Após recursos, o Tribunal de Justiça reduziu a pena para 18 anos, e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu uma nova redução, fixando a condenação definitiva em 15 anos.
Apesar da sentença, ele só foi preso em 2011, onze anos após o crime. Cumpriu parte da pena nos regimes fechado e semiaberto, totalizando aproximadamente cinco anos de reclusão antes da decisão recente. Durante todo esse período, o detento manteve bom comportamento e não apresentou faltas disciplinares.
O juiz Carlos Henrique Scala de Almeida, da comarca de Bragança Paulista, assinou a decisão que concedeu o novo regime no último dia 10. O magistrado destacou que, apesar da gravidade do crime, o condenado não voltou a cometer infrações desde 2000 e demonstrou conduta adequada enquanto esteve preso.
“O delito, ainda que gravíssimo, foi cometido há 24 anos, e desde então não há notícia da prática de qualquer outra infração penal”, registrou o juiz. A ausência de reincidência e a boa conduta foram determinantes para a mudança de regime, que agora permite a Pimenta Neves cumprir o restante da pena em liberdade supervisionada.
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