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Publicado em 30/05/2025, às 15h04 Giovana Sedano
A tadalafila, princípio ativo famoso por tratar disfunção erétil, vive uma explosão de popularidade no Brasil. Nos últimos dez anos, as vendas do medicamento cresceram quase 20 vezes. Muito desse sucesso recente vem das redes sociais, onde a “tadala”, como é chamada informalmente, ganhou status de “milagre sexual”.
Produtos à base da substância, como a gominha Metbala, viralizaram prometendo aumento de desempenho e até o crescimento peniano, promessa falsa que levou à sua proibição pela Anvisa.
A tadalafila é um vasodilatador potente que aumenta o fluxo sanguíneo no corpo, inclusive na região peniana. Isso ajuda homens com disfunção erétil a alcançarem e manterem a ereção. Seus efeitos podem durar até 36 horas, o que leva à percepção de potência prolongada.
Porém, é fundamental destacar que ela não aumenta o tamanho do pênis, nem melhora o desempenho sexual em homens saudáveis. O uso recreativo, sem necessidade clínica, é equivocado e pode ser perigoso.
Apesar de ser vendida sem retenção de receita, a tadalafila não é inofensiva. Efeitos colaterais como dor de cabeça, desconforto muscular e congestão nasal são frequentes. Em casos mais graves, pode ocorrer priapismo (ereção prolongada e dolorosa), perda de visão, audição e até alterações cardíacas. Seu uso contínuo e sem acompanhamento médico pode mascarar problemas de saúde mais sérios.
A substância é contraindicada para pessoas que tomam medicamentos à base de nitrato, como os usados para angina, devido ao risco de queda grave da pressão arterial. Também deve ser evitada por quem tem problemas cardiovasculares ou alergia ao princípio ativo.
A popularização da tadalafila como “reforço sexual” transformou um tratamento médico sério em um modismo perigoso. A banalização do seu uso, especialmente entre jovens, preocupa especialistas. Antes de seguir modas da internet, o ideal é buscar orientação médica e entender que desempenho sexual saudável envolve muito mais do que um comprimido.
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