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Vídeo mostra o momento exato da explosão de foguete após lançamento na Base de Alcântara

Foto: Reprodução/YouTube/Space Orbit
Primeiro lançamento comercial do Brasil enfrenta imprevisto em Alcântara, levantando expectativas sobre o futuro da exploração espacial nacional.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/YouTube/Space Orbit
Redação BNews São Paulo

por Redação BNews São Paulo

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Publicado em 23/12/2025, às 07h47



Um foguete da empresa sul-coreana Innospace, o HANBIT-Nano, explodiu durante seu lançamento em Alcântara, no Maranhão, marcando o primeiro voo comercial do país.

O momento foi registrado pelo canal de YouTube Space Orbit, especializado em notícias espaciais, que acompanhava a decolagem com transmissão própria. Segundo o apresentador Pedro Pallotta, o foguete teve cerca de 40 segundos de voo antes da explosão.

Segundo O Globo, a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que uma "anomalia" fez com que o veículo colidisse com o solo. Equipes da FAB e do Corpo de Bombeiros foram enviadas para analisar os destroços e a área da colisão, garantindo que todas as ações de segurança, rastreio e coleta de dados fossem realizadas conforme os padrões internacionais do setor espacial.

Foto: Reprodução/YouTube/Space Orbit

Objetivos científicos e cooperação Brasil-Coreia

O HANBIT-Nano transportava oito dispositivos experimentais — sete brasileiros e um indiano. Entre eles, estavam dois nanossatélites da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), projetados para estudar sistemas de comunicação de baixo consumo energético aplicáveis à Internet das Coisas.

Também levava um satélite educacional com instrumentos de navegação e mensagens de estudantes de comunidades quilombolas e da rede pública local.

Apesar do revés, especialistas destacam que mesmo satélites pequenos, de até 10 cm e 1 a 3 kg, representam avanços importantes para a pesquisa científica nacional. Marco Antônio Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), reforçou que esses experimentos ajudam a desenvolver métodos de exploração espacial e treinam universidades e equipes técnicas do país.

A operação Spaceward é resultado da parceria entre setor público e iniciativa privada. A base de Alcântara é militar, com todos os sistemas operados pela FAB, enquanto a Innospace trouxe o foguete desmontado e seus engenheiros para montagem e verificação. A AEB atua como reguladora, garantindo o licenciamento e a fiscalização do lançamento.

O episódio também relembra o acidente de 2003 com o foguete VLS-1, que vitimou 21 pessoas, ressaltando a necessidade de segurança e planejamento rigorosos em lançamentos espaciais no Brasil.

Veja o momento da explosão:

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