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O coração exerce a função vital de impulsionar o sangue por todo o organismo, garantindo oxigenação e nutrientes aos tecidos. No entanto, escolhas cotidianas podem comprometer esse equilíbrio ao longo do tempo.
Entre os principais fatores que afetam a saúde cardíaca estão o sedentarismo, a negligência com a higiene bucal e, sobretudo, uma alimentação rica em sal, gorduras e açúcar em excesso.
Segundo o cardiologista Rafael Marchetti, integrante da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para a Gazeta de SP, diversas bebidas interferem negativamente no sistema cardiovascular. Ainda assim, os refrigerantes adoçados ocupam posição de destaque quando o assunto é risco à saúde.
Com isso, a combinação de açúcar em altas doses com aditivos químicos cria um cenário especialmente agressivo para o coração, aumentando o desgaste do organismo.
Os refrigerantes contêm grandes quantidades de açúcar, muitas vezes na forma de xarope de milho com alto teor de frutose. Esse tipo de açúcar é absorvido rapidamente, elevando de forma abrupta os níveis de glicose no sangue. Como consequência, o pâncreas precisa trabalhar de maneira intensa para produzir insulina suficiente.
Com o passar do tempo, esse esforço contínuo pode resultar em resistência à insulina. Nesse processo, o corpo passa a responder pior aos hormônios responsáveis pelo controle do açúcar no sangue, favorecendo o surgimento de inflamações persistentes. Esse quadro inflamatório afeta diretamente as paredes das artérias, tornando-as mais rígidas e vulneráveis.
A inflamação crônica está diretamente associada ao aumento do risco de hipertensão, infarto e outras doenças cardiovasculares.
Esse impacto não se restringe apenas às bebidas, mas se conecta ao consumo frequente de alimentos ultraprocessados, conhecidos pelos altos teores de sódio, gorduras ruins e substâncias artificiais.
Além do açúcar, os refrigerantes carregam corantes, conservantes e outros aditivos que agravam o desequilíbrio metabólico. Esses compostos intensificam processos inflamatórios e interferem no funcionamento adequado do organismo.
No meio desse processo, o metabolismo passa a operar sob constante estresse, dificultando a manutenção da saúde cardiovascular.
A presença simultânea de açúcar e aditivos químicos pode elevar os níveis de triglicerídeos no sangue. Esse tipo de gordura favorece o acúmulo de placas nas artérias, fenômeno conhecido como aterosclerose.
Quando a circulação é comprometida, o coração precisa fazer mais esforço para manter o fluxo sanguíneo adequado.
De acordo com Marchetti, a progressão da aterosclerose pode levar ao desenvolvimento de pressão alta persistente, arritmias e insuficiência cardíaca. O consumo frequente de refrigerantes também está relacionado ao aumento dos casos de obesidade e diabetes.
Essas condições se somam e ampliam significativamente o risco de complicações cardíacas, criando um ciclo difícil de reverter.
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