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A derrota do Flamengo por 4 a 2 diante do Bayern de Munique, na semifinal do Mundial de Clubes da FIFA, gerou mais do que apenas frustração com o placar. Conforme revelou o jornalista Diogo Dantas, o revés expôs divergências entre membros da diretoria rubro-negra e o técnico Filipe Luís, que fez sua primeira participação em competições internacionais como comandante da equipe principal.
Apesar da eliminação, o time carioca teve bons indicadores durante o confronto, como maior posse de bola, precisão nos passes e um número superior de finalizações em relação ao adversário. Ainda assim, a estratégia adotada por Filipe foi alvo de críticas nos bastidores do clube.
Fontes internas apontam que o incômodo da cúpula flamenguista tem relação com o estilo ousado e ofensivo adotado na partida. A expectativa era de uma postura mais conservadora diante de um rival tão dominante como o Bayern, seis vezes campeão europeu. Comparações foram feitas com a final de 2019 contra o Liverpool, quando a equipe também teve uma abordagem corajosa e acabou superada.
Para parte da diretoria, uma postura mais estratégica poderia ter equilibrado melhor a disputa. Essa avaliação gerou desconforto e acendeu o debate sobre a necessidade de repensar o perfil tático da equipe em confrontos contra potências internacionais.
Mesmo sob pressão, Filipe Luís saiu em defesa de seus comandados e destacou a entrega do grupo: "É reconhecer a qualidade do adversário. Eles foram muito bem, punem qualquer falha. Mas eu tenho muito orgulho dos meus jogadores. Lutaram até o fim", afirmou o técnico.
Com a eliminação, o Flamengo retorna ao cenário continental com o foco total na Libertadores, onde terá pela frente o Internacional nas oitavas de final. A tendência é que a diretoria intensifique as cobranças por ajustes no esquema de jogo. A permanência de Filipe no comando técnico, embora ainda mantida, começa a ser discutida com mais seriedade nos bastidores da Gávea.
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