Jogador de clube brasileiro pode ser campeão usando tornozeleira eletrônica; veja o caso

Yuri de Carvalho da Silva, atacante do Goytacaz, vem disputando a Série B2 do Campeonato Carioca em uma situação incomum. Ele joga enquanto usa uma tornozeleira eletrônica, permitida pelo regulamento da competição.

O clube, inclusive, já pediu à Vara de Execução Penal a retirada do equipamento, mas o pedido ainda não foi analisado, segundo o ge.

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Linha do tempo

O jogador deixou a cadeia em maio, após cumprir sete anos de pena por tráfico de drogas e conquistar progressão de regime. Desde então, conseguiu retomar sua profissão, mas segue monitorado pelas autoridades do Rio de Janeiro.

Em 2018, quando defendia o Campos Atlético Associação, Yuri foi preso junto a outras 27 pessoas na Operação Verde Oliva.

Na ocasião, a Polícia Civil afirmou que ele usava sua posição no futebol para facilitar a venda de drogas. Ele cumpriu pena na Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro até seguir para o regime aberto.

A presença da tornozeleira ficou clara no último domingo (30) durante uma partida entre Goytacaz e Macaé, no Estádio Cláudio Moacyr, em Macaé. As imagens da transmissão do Cariocão TV mostraram a tornozeleira presa à perna esquerda do atacante durante o empate por 1 a 1.

O que vem pela frente

A decisão do Cariocão B2 acontece no próximo domingo (7), às 15h (horário de Brasília) no Aryzão, em Campos dos Goytacazes.

Se o time de Yuri vencer, ele pode levantar a taça ainda sob monitoramento judicial, algo inédito para um atleta profissional do estado.

Posicionamento da Ferj

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) declarou que não há regulamentos que possam impedir que o atleta jogue com tornozeleira e destacou, em comunicado, sua preocupação com a ressocialização no esporte. Leia na íntegra:

“Com a missão de ir muito além dos gramados, reforçando a busca pela formação de cidadãos antes de atletas, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro entende que a inclusão/ressocialização é função primordial do esporte. Sobre a participação do atleta em uso de tornozeleira eletrônica, equipamento de monitoramento da Justiça, a Ferj buscará informações se há proibição legal do exercício da atividade profissional para não cometer erro de julgamento no caso”.