Farinha Lima
por Farinha Lima
Publicado em 08/10/2025, às 07h00
Em meio à crise do metanol, o governador de São Paulo preferiu aliviar o clima com humor e disse que só vai se preocupar de verdade quando começarem a adulterar Coca-Cola.
A piada, feita durante uma coletiva sobre o tema, veio após uma reunião com grandes fabricantes de bebidas, gerando mal-estar entre os presentes.
Enquanto isso, o estado segue liderando os casos de intoxicação por metanol no país, com números que não deixam muito espaço para gargalhadas.
A polêmica do metanol também chegou aos bairros nobres de São Paulo, onde um bar nos Jardins foi interditado após uma ação conjunta da Vigilância Sanitária e da Polícia Civil.
Garrafas de destilados foram apreendidas e encaminhadas para análise, levantando a suspeita de adulteração com a substância que já provocou casos de intoxicação no estado.
O Ministério da Justiça emitiu um alerta para que estabelecimentos redobrem a atenção com bebidas de procedência duvidosa, lacres tortos e preços baixos demais.
Parece que, desta vez, o perigo não está só nos botecos de esquina, mas também nas taças mais sofisticadas da cidade.
A moda agora é leiloar até o asfalto. A Prefeitura de São Paulo sancionou a lei que autoriza o leilão de ruas na capital, incluindo trechos nos Jardins, na Vila Olímpia e na zona leste.
A ideia era vender uma travessa no Jardim Paulista para uma incorporadora, mas os vereadores acharam pouco e emendaram o pacote com mais pedaços da cidade. O Ministério Público não achou graça e levou o caso à Justiça, alegando falta de debate público.
O prefeito Ricardo Nunes ainda vetou algumas partes, entre elas a venda de uma rua em Santo Amaro, onde ninguém tinha sido avisado que o endereço estava indo a leilão.
No ritmo que vai, é bom começar a conferir se a calçada da sua casa ainda é pública.
Um campeão brasileiro de drift resolveu trocar o autódromo por uma rota de ciclistas na Serra do Mar e acabou fazendo sucesso pelas razões erradas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele aparece realizando manobras perigosas em plena área de proteção ambiental, em meio à neblina e às curvas da estrada.
A aventura, que ele próprio chamou de arriscada, provocou indignação de uma vereadora, que prometeu acionar o Ministério Público. Já a Fundação Florestal abriu investigação para apurar a infração ambiental.
No fim, o ronco do motor acabou abafando o som dos passarinhos e chamando a atenção das autoridades.
Nem mesmo um evento badalado de um blogueiro famoso escapou dos furtos que costumam animar a plateia errada.
Durante o festival, realizado no estádio do Canindé, a Polícia Civil prendeu seis pessoas e apreendeu uma adolescente suspeitos de agir em grupo para surrupiar celulares do público.
As equipes estavam infiltradas e flagraram a quadrilha em plena ação, recuperando 45 aparelhos que agora aguardam devolução aos donos. A adolescente, que já tinha passagem pelo mesmo crime, foi levada à Fundação Casa. No fim, enquanto uns curtiram o show, outros garantiram o próprio after na delegacia.
Depois que o STJ condenou a fabricante de lubrificantes Iconic a pagar uma multa milionária por quebra de contrato contra a distribuidora baiana, as ações da Ultrapar (grupo controlador da Iconic) não param de despencar na Bolsa de Valores de São Paulo.
Já são sete dias consecutivos de queda no preço das ações, um recuo de -6,55%. A perda de valor de marcado do Ultrapar, até agora, representa um prejuízo pelo menos 10 vezes maior do que o valor da causa judicial perdida pela sua subsidiária, que está em torno de R$60 milhões.
A gigante do petróleo Chevron, enfrenta um inferno astral nos estados Unidos, onde fica a sede da companhia. Na semana passada, a multinacional, que no Brasil é sócia do Ultrapar na fabricante de lubrificantes Iconic, viu sua subsidiária sofrer uma derrota no STJ em uma ação milionária contra a MLub, distribuidora baiana de lubrificantes.
Dois dias depois, um incêndio de grandes proporções destruiu a maior refinaria da petrolífera em solo americano.
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