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Veja como passageiros da Azul serão afetados pelo pedido de recuperação judicial

A Azul poderá continuar operando normalmente enquanto ajusta sua estrutura financeira. - Foto: Azul Linhas Aéreas/Divulgação
A companhia aérea divulgou na semana passada um prejuízo de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre deste ano. Agora, ela precisa recuperar esse montante.  |   BNews SP - Divulgação A Azul poderá continuar operando normalmente enquanto ajusta sua estrutura financeira. - Foto: Azul Linhas Aéreas/Divulgação
Camila Lutfi

por Camila Lutfi

Publicado em 28/05/2025, às 17h37



A Azul Linhas Aéreas entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos nesta quarta-feira (28), o que vai permitir à empresa negociar suas dívidas para evitar a falência. Isso não atrapalha os planos de quem já tinha passagens compradas.

A companhia aérea divulgou na semana passada um prejuízo de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre deste ano — resultado pior que o registrado em 2024. Com o pedido de recuperação judicial, a Azul poderá continuar operando normalmente enquanto ajusta sua estrutura financeira.

Segundo a empresa, o processo inclui US$ 1,6 bilhão em financiamento e deve eliminar mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,28 bilhões) em dívidas. 

Tenho passagem da Azul, o que acontece?

A Azul afirmou que sua operação continua normalmente neste momento e os passageiros não serão afetados. Ou seja, viagens seguem sendo realizadas e pontos do Azul Fidelidade e benefícios estão mantidos. 

À CNN, Fernando Canutto, especialista em direito empresarial e sócio do Goodke Advogados, pontuou que é baixo o risco de haver algum cancelamento de voo da companhia por conta do pedido de recuperação judicial.

“É altamente improvável que haja impacto imediato. A maioria das companhias aéreas continua a honrar as reservas durante o processo de reestruturação”, disse o advogado.

Ele ainda explicou que a falência da companhia poderia trazer problemas imediatos ao consumidor, mas a medida tomada nesta quarta não traz grandes riscos.

Filipe Denki, especialista em insolvência empresarial e sócio do Lara Martins Advogado, destacou, também à CNN, que a decisão da Azul ajuda a manter a atividade operacional da companhia saudável.

Isso porque o sistema norte-americano "oferece mecanismos mais previsíveis e eficientes de proteção patrimonial, centralização de discussões com credores globais e acesso ao DIP Financing, um financiamento prioritário que seria muito mais complexo de implementar no Brasil”.

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