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Desde seu lançamento em 2016, a atual geração do Jeep Compass marcou a década, transformando-se de um SUV médio exótico produzido em Goiana (PE) em um dos veículos mais vendidos do Brasil.
De acordo com o UOL, a concorrência aumentou, em especial com o surgimento do Toyota Corolla Cross, e por isso a Jeep está preparando uma nova geração do Compass, que será eletrificada e fabricada nacionalmente.
O novo Jeep Compass já foi lançado no exterior, com vendas recentes na Europa.
O design manteve suas linhas gerais, mas recebeu atualizações para uma estética mais moderna e "eletrificada". As lanternas, agora unidas por uma régua horizontal iluminada e com uma nova assinatura luminosa em formato de "X", são um exemplo.
Internamente, o estilo minimalista se destaca, com um quadro de instrumentos digital de 10 polegadas e uma central multimídia retangular de 16 polegadas. Para otimizar o espaço, o console central foi simplificado, e a alavanca de marchas foi substituída por um disco giratório de seleção.
A terceira geração do Jeep Compass chegará ao Brasil com versões híbridas leves (MHEV), híbridas plug-in (PHEV) e elétricas. Essas variações são possíveis graças à nova plataforma altamente modular STLA Medium, uma aposta da Stellantis para reduzir custos.
A linha STLA permite um grande reaproveitamento de peças entre veículos de diferentes tamanhos, barateando a produção em larga escala e otimizando a autonomia, permitindo que o novo Compass percorra mais de 500 km sem recarregar.
A Stellantis também está desenvolvendo novas baterias mais baratas e com menor dependência de terras raras.
A produção nacional em Pernambuco é um fator crucial para a competitividade do novo Compass. Com a modernização da fábrica da Stellantis para os modelos da Leapmotor, a infraestrutura poderá ser aproveitada para o Compass eletrificado, iniciando a linha de produção em 2028.
Além do modelo elétrico, as versões híbridas plug-in e leves utilizarão o atual motor 1.3 turbo flex de 176 cv como propulsor a combustão.
No Compass MHEV, o motor elétrico auxiliará o 1.3 para economizar combustível, enquanto no Compass PHEV, um motor elétrico mais potente e uma bateria maior permitirão cerca de 50 km de autonomia sem queima de gasolina.
A engenharia brasileira fará adaptações em relação ao modelo europeu, como a manutenção do câmbio automático de seis marchas da Aisin, já utilizado atualmente, em substituição ao câmbio e-DCT adotado na Europa.
A intenção dessa escolha é otimizar a cadeia de suprimentos brasileira, e assim contribuir para a manutenção de preços mais acessíveis, estimados entre R$ 170.000 e R$ 270.000, aproximadamente.
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