Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 27/06/2025, às 16h40
A cidade de Itaperuna (RJ) recebeu uma tragédia na última terça-feira (24). Uma família foi encontrada morta dentro de casa.
As vítimas são Antônio Carlos Teixeira, 45 anos, enfermeiro; sua esposa, Inaila Teixeira, 37, cabeleireira; e o filho caçula do casal, Antônio, de apenas 3 anos.
O principal suspeito do triplo homicídio é o filho mais velho, um adolescente de 14 anos, que confessou o crime em depoimento à polícia.
Nas redes sociais, a família parecia viver em harmonia. Em publicações antigas, o pai demonstrava carinho ao falar sobre o comportamento do filho mais velho.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente relatou “com frieza” a forma que planejou o crime. Após ingerir energético para se manter acordado, ele esperou os familiares dormirem (todos no mesmo cômodo por conta do ar-condicionado) e utilizou a arma de fogo registrada do pai, escondida embaixo do colchão, para matar os parentes.
A perícia encontrou vestígios de sangue com luminol e suspeita de que produtos de limpeza tenham sido usados para ocultar os rastros. Os corpos foram encontrados na cisterna do quintal.
Ainda em depoimento, o suspeito alegou que os pais haviam saído com o irmão para uma emergência médica, o que causou desconfiança após a avó paterna relatar o desaparecimento da família.
O crime teria sido motivado por uma proibição dos pais em relação a uma viagem para encontrar uma garota de 15 anos, com quem o adolescente mantinha um relacionamento à distância. A jovem foi localizada e ouvida pela polícia do Mato Grosso.
As autoridades também investigam a tentativa do adolescente de acessar benefícios da família, já que ele acabou descobrindo um saldo de R$ 33 mil no aplicativo bancário do pai e pesquisou como sacar valores de pessoas falecidas na internet.
O enterro das vítimas ocorreu na última quinta-feira (26), reunindo amigos e moradores da comunidade. Já o adolescente foi internado temporariamente na unidade do CENSE de São Fidélis (RJ), onde ficará por 45 dias.
O inquérito segue em andamento e investiga as causas, a influência do relacionamento virtual e o envolvimento de terceiros. A arma utilizada foi encontrada na casa da avó que, segundo a polícia, está “emocionalmente abalada”.
O caso continua sendo investigado com prioridade pela Delegacia de Itaperuna.
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