Polícia
por Isabela Fernandes
Publicado em 03/06/2025, às 08h37
Um episódio no último sábado (31) trouxe à tona, mais uma vez, o ambiente hostil enfrentado por mulheres na política. As 24 deputadas estaduais que integram a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) receberam um e-mail com ameaças explícitas de violência sexual e assassinato. As mensagens falavam em estuprar, matar e incendiar os corpos das parlamentares.
A ameaça, classificada como violência política de gênero, está sendo investigada pelas autoridades. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), na segunda-feira (2), a Polícia Civil realizou buscas na residência de um suspeito de 28 anos, onde foram apreendidos um computador e um celular que podem estar ligados à autoria da ameaça.
Em resposta ao ataque, as deputadas divulgaram uma nota conjunta intitulada “Não seremos silenciadas”. No comunicado, elas denunciaram o aumento dos casos de violência política contra mulheres, especialmente por meio da internet, e destacaram que esta é a primeira vez que uma ameaça atinge todas as parlamentares mulheres da Alesp ao mesmo tempo.
O presidente da Alesp, André do Prado (PL), condenou a ameaça e afirmou que tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil foram acionadas. Uma reunião com as parlamentares está marcada para esta terça-feira (3), com o objetivo de discutir medidas de proteção e desdobramentos da investigação.
A secretária estadual da Mulher, Valéria Bolsonaro (PL), que está licenciada do cargo de deputada, também se manifestou. Ela comunicou o ocorrido ao secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), e afirmou que as ações legais já estão em andamento.
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