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Assalto à Biblioteca Mário de Andrade: o que se sabe sobre roubo de obras raras em SP

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Ação ousada durante a manhã surpreendeu funcionários e reacendeu alerta sobre segurança em espaços culturais.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Leon Rodrigues/SECOM
Redação BNews São Paulo

por Redação BNews São Paulo

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Publicado em 07/12/2025, às 12h51



A Biblioteca Municipal Mário de Andrade, localizada no centro de São Paulo, foi alvo de um assalto na manhã deste domingo (7). Dois criminosos armados invadiram o prédio e roubaram obras de arte, provocando grande preocupação entre funcionários e autoridades. 

Segundo informações da Polícia Militar divulgadas em nota do g1, os suspeitos renderam os guardas municipais ou seguranças que atuavam no local antes de fugirem. A dupla seguiu em direção à estação Anhangabaú do metrô, o que levou a polícia a intensificar as buscas na região central da cidade.

Equipes da PM que já estavam nas proximidades prestaram apoio imediato aos funcionários da biblioteca. Em seguida, foi iniciado um patrulhamento nas imediações indicadas. Até o momento, nenhum dos suspeitos foi localizado, e as diligências seguem em andamento.

Apesar da tensão gerada pelo episódio, não houve registro de feridos. O local permanece sob forte vigilância da Polícia Militar, enquanto outra equipe trabalha na coleta de informações que possam ajudar na identificação dos autores do crime.

Foto: Secom/PMSP/Divulgação

Histórico de furtos e caso semelhante em 2006

Essa não foi a primeira vez que a Biblioteca Mário de Andrade foi alvo de criminosos. Em 2006, o local já havia sofrido um furto de obras raras. Naquele ano, doze gravuras do século 19 foram levadas do acervo.

As peças eram datadas de 1834 e faziam parte do livro “Souvenirs de Rio de Janeiro”, do artista suíço Johann Jacob Steinmann. O volume reunia exatamente 12 ilustrações de paisagens brasileiras pintadas à mão entre 1834 e 1835.

O crime só foi descoberto em agosto de 2006, quando um funcionário pegou emprestada uma publicação do alemão Karl Hermann Konrad Burmeister e percebeu o desaparecimento das imagens.

Obras só foram recuperadas 18 anos depois

As gravuras furtadas em 2006 foram recuperadas apenas em 2024, após atuação da Polícia Federal.

Segundo a PF, elas estavam com um colecionador brasileiro, que as havia comprado legalmente em uma casa de leilões em Londres, na Inglaterra.

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