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Ataque histórico ao Pix: como hackers levaram R$ 800 milhões sem tocar no Banco Central

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Hackers invadem sistema que conecta bancos ao Pix, desviam R$ 800 milhões e causam pane em 22 instituições financeiras.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ Freepik
Gabriela Teodoro Cruz

por Gabriela Teodoro Cruz

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Publicado em 03/07/2025, às 09h15



Clientes de pelo menos oito instituições financeiras ficaram sem acesso ao Pix após um ataque hacker à empresa C&M Software, responsável por conectar bancos ao sistema do Banco Central (BC). O golpe resultou no desvio de pelo menos R$ 800 milhões, tornando-se o maior ciberataque da história relacionado ao Pix no Brasil.

Como funcionava a operação da C&M Software
A C&M prestava serviços para 22 bancos, cooperativas e instituições de pagamento que não possuem conexão direta com o BC. Após o incidente, o BC desligou imediatamente a conexão da empresa, deixando os bancos sem acesso ao Pix e forçando-os a buscar novos provedores.

Banco Central e Polícia Federal investigam
Segundo o BC, o ataque comprometeu apenas sistemas operados pela C&M — o sistema do Pix e o do BC continuam operando normalmente. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar o caso. A suspeita é de que uma brecha de segurança, aliada a falhas de controle nas instituições, facilitou o golpe.

Bancos afetados se manifestam
O Banco Paulista afirmou que a falha foi externa e não comprometeu dados sensíveis. Já a BMP garantiu que clientes não foram afetados e que os prejuízos ficaram restritos a contas reservas usadas entre instituições.

Reação do setor e medidas futuras
Especialistas avaliam que o ataque foi sofisticado. Empresas como a CLM e o Instituto de Defesa Cibernética acreditam que o setor bancário deve reforçar ainda mais a regulamentação e segurança. A C&M informou colaborar com autoridades e assegurou que seus sistemas críticos seguem funcionando.

Especialistas avaliam que o ataque foi sofisticado. Empresas como a CLM e o Instituto de Defesa Cibernética acreditam que o setor bancário deve reforçar ainda mais a regulamentação e a segurança digital. A C&M afirmou colaborar com as investigações e garantiu que seus sistemas críticos permanecem íntegros e operacionais.

Apesar da gravidade do incidente, o funcionamento do Pix segue normal para usuários em geral, e a expectativa é de que medidas mais rígidas sejam adotadas para evitar novos ataques e fortalecer a confiança no sistema financeiro digital.

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