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Foto: Reprodução/Agência Brasil
O segundo fim de semana de agosto chegou trazendo condições climáticas opostas e extremas em diferentes regiões do Brasil. Enquanto uma poderosa onda de frio avança pelo centro-sul do país, derrubando as temperaturas e trazendo neve, geada e sensação térmica negativa, o Norte e o Nordeste enfrentam calor acima de 37°C e chuvas intensas.
Segundo especialistas do Inmet e do Climatempo, esse contraste é causado pela chegada de uma forte massa de ar polar vinda da Argentina, que se espalha rapidamente, ao mesmo tempo em que áreas de instabilidade tropical provocam temporais no norte do território nacional.
No Rio Grande do Sul, o frio não deu trégua. Cidades como São José dos Ausentes e Cambará do Sul registraram neve entre a madrugada e o amanhecer de sábado (9). Em Cambará, a mínima foi de 2,1°C, mas o vento de mais de 35 km/h fez a sensação despencar para -10°C.
Vacaria e São José dos Ausentes marcaram 0,1°C, enquanto locais como Palmeira das Missões e Quaraí ficaram perto de 1°C. Além da neve, houve precipitação invernal, quando a água congela parcialmente antes de chegar ao chão — fenômeno observado nas serras gaúcha e catarinense.
O frio avança para o Paraná e Santa Catarina, com previsão de geadas em áreas agrícolas, o que preocupa produtores. Neste domingo (10), o ar gelado alcança Sudeste e Centro-Oeste, derrubando as mínimas para abaixo de 10°C em capitais como São Paulo e Campo Grande.
Enquanto o Sul congela, o Norte e o Nordeste vivem um cenário oposto. A previsão indica acumulados de até 50 mm de chuva no noroeste do Amazonas, Roraima e noroeste do Pará. No litoral nordestino, pancadas isoladas também devem ocorrer.
Cidades como Teresina e Palmas terão máximas que ultrapassam os 37°C, e Salvador pode registrar tempestades devido à chegada da frente fria.
De acordo com o Compre Rural, o frio deve permanecer até quarta-feira (13), com possibilidade de novas geadas no Sul e temperaturas amenas no Sudeste e Centro-Oeste. No Norte e Nordeste, o calor intenso segue, intercalado com chuvas localizadas.
O clima extremo exige atenção redobrada no campo, para minimizar perdas na produção, e nas cidades, devido aos riscos de ventos fortes, alagamentos e problemas de saúde causados pelas temperaturas extremas.
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