Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 22/12/2025, às 15h55
Um passeio de caiaque terminou em violência para um casal assaltado por dois criminosos em uma moto aquática no mar de São Vicente, no litoral sul de São Paulo.
O crime aconteceu no último domingo (21), a cerca de 100 metros da faixa de areia da Praia dos Milionários, e resultou no roubo de duas alianças avaliadas em R$ 17 mil.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento da abordagem dentro da água. Enquanto crianças brincavam perto da beira do mar, o casal foi surpreendido pelos assaltantes em uma área um pouco mais afastada da costa.
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Segundo o relato das vítimas, a dupla se aproximou em alta velocidade e fez uma manobra brusca para jogar água sobre o caiaque. Logo depois, os suspeitos fingiram um pedido de desculpas e gritaram para outra moto aquática a frase: “É casal”.
Na sequência, os criminosos anunciaram o assalto e exigiram as alianças. De acordo com a mulher, de 47 anos, os suspeitos começaram a circular ao redor do caiaque para intimidar.
“Começou a andar em círculo em volta da gente, apavorando. Aí deu aquela desestabilizada”, relatou ela ao g1.
Durante a ação, os assaltantes pegaram os remos usados pelo casal. Um deles chegou a golpear uma das vítimas com o objeto. O marido, de 53, tentou conversar com os criminosos, dizendo que eles moravam na cidade, mas a tentativa não adiantou.
“Eles aproveitaram que o nosso remo caiu no mar e começaram a bater no meu marido”, contou a mulher.
Segundo ela, o parceiro sofreu ferimentos na perna e na cabeça. “Começaram a bater nas costas, na nuca, na cabeça. Eu fiquei em pânico porque eu falei assim: ‘Se ele desmaia aqui, morre afogado’”.
Após as agressões, o casal entregou as alianças. As imagens mostram o momento em que a dupla se afasta levando os remos, que depois são abandonados no mar, antes de os criminosos acelerarem e fugirem.
O casal mora na região e havia comprado o caiaque recentemente. A mulher contou que era a primeira vez dela usando-o.
Ao pedir ajuda, um policial que estava próximo afirmou a ela que não havia o que fazer naquele momento. “Foi uma sensação horrível, de impunidade”, desabafou.
A vítima também relatou que foi até a delegacia, onde recebeu orientação para registrar um boletim de ocorrência on-line. Ainda assim, ela cobra mais ações do poder público: “Precisa ter policiamento no mar”.
Ninguém foi preso até o momento desta publicação. A Guarda Civil Municipal (GCM) deve intensificar a fiscalização ao longo desta segunda-feira (22).
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