Polícia
por Isabela Fernandes
Publicado em 05/05/2025, às 12h08
Na manhã de segunda-feira, 28 de abril, o corpo de Fernanda Reinecke Bonin, professora de matemática de 42 anos, foi encontrado em um terreno baldio na Vila da Paz, zona sul de São Paulo.
O corpo apresentava sinais claros de estrangulamento, com um cadarço preso ao pescoço, e estava caída de costas, vestindo roupas que pareciam ser de pijama, como calça, blusa e sandálias. O local onde o corpo foi descoberto é pouco iluminado e ermo, o que indicaria uma tentativa de ocultação do crime.
A vítima, que dava aulas em uma escola particular de alto padrão na zona oeste, a Beacon School, estava casada há oito anos com Fernanda Loureiro Fazio, de 45 anos. No entanto, o relacionamento do casal havia enfrentado dificuldades, e as duas não moravam juntas há cerca de um ano, embora estivessem tentando se reconciliar por meio de terapia de casal. Elas tinham dois filhos, que alternavam entre as casas das mães.
Segundo o relato de Fazio, no domingo (27), ela teve um problema com seu carro, que parou na rua. Ela enviou sua localização para que a ex-esposa fosse ajudá-la, mas, após 30 minutos, o veículo voltou a funcionar sozinho.
Fazio então foi até o prédio de Fernanda, mas a vítima não estava lá. A última imagem de Fernanda, registrada por câmeras de segurança, a mostra saindo de seu prédio por volta das 18h52, dirigindo seu carro.
Preocupada por não vê-la no trabalho na manhã seguinte, Fazio acionou a polícia e começou a procurar em hospitais. Quando o corpo foi encontrado, o carro e o celular de Fernanda ainda não haviam sido localizados.
Após algumas buscas, o veículo foi encontrado na rua Ricardo Moretti, em Interlagos, zona sul de São Paulo, e foi periciado pela polícia.
A investigação, inicialmente considerada como latrocínio, passou a ser tratada como homicídio. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente das investigações, que incluem a análise de imagens das câmeras de segurança e os depoimentos de familiares e vizinhos.
A esposa da vítima foi ouvida pela polícia e, apesar de apresentar algumas inconsistências em seu depoimento, não é considerada uma suspeita formal.
O caso segue sendo investigado sob sigilo. A professora foi sepultada no dia 30 de abril em Santo André.
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