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Vaquinha para indonésio que liderou buscas por Juliana é suspensa após críticas; veja o que aconteceu

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Campanha para doação a Agam Rinjani foi encerrada após repercussão negativa sobre a taxa cobrada pela plataforma responsável. Doações serão devolvidas  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 30/06/2025, às 07h00



A arrecadação online criada para beneficiar Agam Rinjani, voluntário indonésio que participou do resgate da brasileira Juliana Marins, foi oficialmente cancelada neste domingo (30). A decisão veio após intensas críticas direcionadas à taxa de 20% aplicada pela plataforma responsável pela campanha.

O anúncio foi feito em uma postagem conjunta nos perfis da Voaa e do projeto Razões Para Acreditar, que coordenavam a iniciativa. Segundo os organizadores, o encerramento ocorreu após uma onda de mensagens ofensivas, ameaças, desinformação e discursos de ódio voltados contra eles.

O montante arrecadado, que totalizou R$ 522.305,53, será integralmente reembolsado aos doadores. A devolução será automática, utilizando os mesmos meios de pagamento usados nas contribuições, sem que os participantes precisem realizar qualquer procedimento adicional, segundo a nota publicada.

A polêmica começou após a revelação de que, com a taxa de 20%, a plataforma ficaria com cerca de R$ 104 mil do total doado. A cobrança gerou forte reação negativa nas redes sociais, levando a acusações de que a arrecadação visava mais ao lucro do que à solidariedade.

No texto divulgado, os responsáveis pela campanha reconhecem que poderiam ter sido mais claros sobre a cobrança da taxa, embora aleguem que essa informação estava visível no site desde o início. Também reforçam que a porcentagem retida se destina não apenas à manutenção da plataforma, mas a um pacote completo de serviços que inclui produção de conteúdo, curadoria, gestão jurídica e acompanhamento de cada campanha até sua conclusão.

Inicialmente, a ajuda a Agam estava sendo organizada sem intermediários e dependia de transferências internacionais. O próprio voluntário havia recusado ajuda financeira no começo, pedindo apenas orações. Após reconsiderar, ele aceitou os donativos, que passaram a ser centralizados na Voaa.

Mesmo diante das críticas, os idealizadores afirmam manter o compromisso com a ética e a transformação social. "Nosso trabalho sempre buscou gerar impacto positivo e conectar pessoas", afirmaram, pedindo desculpas a quem se sentiu desconfortável ou enganado.

Apesar disso, muitos doadores demonstraram indignação com o encerramento. “Preferiram devolver tudo a abrir mão da taxa. Isso mostra que nunca foi sobre ajudar”, escreveu um seguidor. Outro comentou: “Falta de consideração total”.

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