Polícia

‘Dogging’ e ‘cruising’: entenda as diferenças entre os crimes sexuais ao ar livre

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Consideradas crimes sexuais, as práticas dogging e cruising, apesar de semelhantes, possuem seus diferenciais  |   BNews SP - Divulgação Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 02/05/2025, às 15h57



Duas práticas públicas recorrentes viralizaram por estarem inseridas dentro de crimes sexuais. Elas, chamadas de dogging e cruising, apesar de semelhantes, possuem seus diferenciais.

Entenda as diferenças

O dogging, popularizado por ser o ato sexual ao ar livre, envolve casais e pessoas desconhecidas. A prática consiste em ter relações ao ar livre na frente de estranhos, ou simplesmente observar o ato em locais públicos. Diversos grupos de homens, sempre anônimos, praticam esse tipo de assédio.

O crime pode ocasionar prisão e está prescrito no artigo 233 do Código Penal: praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público.

Nas redes sociais, é fácil encontrar os grupos envolvidos; o Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, é um dos principais pontos de encontro para eles terem essas relações sexuais. O Telegram, por ser uma plataforma escassa de criptografia, possui diversos registros de usuários marcando encontros pelo local.

Por outro lado, o cruising também se encaixa como um ato sexual ao ar livre, mas sempre com uma pessoa totalmente desconhecida e do sexo masculino; ou seja, é mais frequente entre homens gays.

A prática não possui organização de comunidades nas redes sociais como o dogging. O cruising surgiu como um “escape” da realidade revelado por homens homossexuais que queriam aproveitar a própria sexualidade sem a sensação pública da repressão.

Isso acontece, por exemplo, com um pai de família que, para não assumir sua sexualidade, prefere ter esse tipo de relação às escondidas. O anonimato, inclusive, pode ser um dos maiores fetiches dentro do cruising.

Discretos, os praticantes dessa prática preferem não se envolver um com o outro. Sem muita conversa, é diferente de ter um encontro e perguntar coisas sobre a vida da pessoa — eles vão direto ao ponto.

Apesar de dogging e cruising serem considerados crime, os praticantes garantem que o ato sexual só rola se houver consentimento entre as duas partes; entretanto, esta escolha não diz respeito às demais pessoas presentes no local público escolhido.

Classificação Indicativa: Livre

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