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Grande SP registra 800 ônibus vandalizados em 45 dias — polícia aponta principal suspeita

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Os ataques, concentrados nas zonas Sul e Oeste, levantam suspeitas sobre disputas entre empresas de transporte e conflitos sindicais.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução: Tv Globo
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 18/07/2025, às 08h14



Desde o início de junho, a Região Metropolitana de São Paulo já registrou aproximadamente 800 ocorrências de vandalismo contra ônibus em 27 municípios. Apenas nesta quinta-feira (17), foram computados mais 15 novos casos, principalmente na capital paulista.

Segundo o G1, as ações violentas, que começaram no mês passado, afetam diretamente a segurança de motoristas e passageiros. A maioria dos ataques está concentrada nas zonas Sul e Oeste, com destaque para a Zona Sul, de acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Uma das linhas de apuração que tem ganhado força é a de que os episódios estariam ligados a uma disputa entre empresas de transporte coletivo urbano e conflitos internos no sindicato da categoria. Segundo a polícia, há indícios de que rivais sindicais estariam por trás de parte das depredações, com o objetivo de causar prejuízos a grupos concorrentes. Esse cenário chegou a ser judicializado.

As autoridades também consideram outras hipóteses, como possíveis desafios promovidos na internet ou até vínculos com o crime organizado, mas essas teorias têm perdido força.

Na capital, apenas na terça-feira (15), 26 coletivos foram alvos de vandalismo. Somando a região metropolitana, foram 36 veículos danificados, com ocorrências em cidades como Osasco, Itapevi e Cotia. Um dos casos mais graves aconteceu no Morumbi, onde uma criança foi ferida por estilhaços. Em outro episódio, uma passageira sofreu fraturas faciais após ser atingida por uma pedra.

Até esta data, 466 ônibus municipais foram danificados só na cidade de São Paulo, além de 289 ataques no transporte intermunicipal. O domingo (13) registrou 47 ocorrências, sendo o segundo dia mais violento, o primeiro foi 7 de julho, com 59 casos.

O prefeito Ricardo Nunes criticou publicamente a lentidão da Polícia Civil nas investigações. Nesta quinta (17), três suspeitos foram abordados pela Polícia Militar, mas liberados após depoimentos. A SPTrans orientou as empresas concessionárias a notificarem imediatamente qualquer incidente à central de operações e às autoridades competentes.

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