Polícia
O influenciador e empresário Gabriel Spalone, de 29 anos, foi detido na noite de sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional do Panamá. Ele é investigado por participar de um esquema que teria desviado R$146 milhões via PIX.
Spalone estava foragido desde terça-feira (23), quando a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Dubai. O empresário tentou sair do Brasil pelo Paraguai e planejava seguir para a Holanda, após uma escala em Nova York. Foi nesse trajeto que acabou detido.
Apesar da captura, o influenciador foi liberado no sábado (27). Sua defesa afirmou que a prisão foi “ilegal e abusiva”, já que não havia ordem internacional de detenção nem inclusão na lista da Interpol.
Segundo o advogado Eduardo Maurício, as autoridades panamenhas reconheceram que não havia base legal para mantê-lo preso.
De acordo com as investigações, em 26 de fevereiro de 2025, um banco identificou um movimento atípico: em poucas horas, foram realizadas 607 transferências via PIX, somando R$146,5 milhões.
Essas operações partiram de dez contas vinculadas a uma empresa parceira do banco, prática conhecida como “PIX indireto”, considerada ilegal.
Graças à rápida reação da instituição financeira, R$100 milhões foram recuperados, mas ainda restam R$39 milhões de prejuízo para o banco e empresas correntistas.
Além de Spalone, outros dois suspeitos foram presos durante a operação: Guilherme Sateles Coelho, em São Paulo, e Jesse Mariano da Silva, em Campinas. Juntos, eles teriam movimentado quase R$75 milhões do esquema.
Com mais de 800 mil seguidores no Instagram, Spalone se apresenta como empresário do setor financeiro. Ele é dono das empresas Dubai Cash e Next Trading Dubai, que se descrevem como fintechs voltadas a pagamentos e investimentos no Brasil e no exterior.
Apesar de afirmar residir em Dubai, Spalone também mantém endereços em São Paulo.
A defesa de Gabriel Spalone celebrou a decisão de soltura e reforçou que não havia ordem de prisão internacional contra ele:
“Sua prisão, ilegal e abusiva, teria sido realizada a pedido da polícia brasileira sem validade jurídica no campo internacional”, disse o advogado Eduardo Maurício.
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