Polícia

Julgamento de Paulo Cupertino começa hoje; relembre o crime

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Acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais dele em 2019, Paulo Cupertino começa a ser julgado hoje após quase seis anos do crime  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Policia Civil de SP
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 29/05/2025, às 11h34



Nesta quinta-feira (29), Paulo Cupertino Matias será julgado por um crime que chocou o Brasil: o assassinato do ator Rafael Miguel, então com 22 anos, e dos pais dele, João Alcisio Miguel, de 52, e Miriam Selma da Silva, de 50. O crime aconteceu em 9 de junho de 2019, na zona sul de São Paulo, e a motivação teria sido o fato de Cupertino não aceitar o namoro da filha com o ator.

Naquele dia, Rafael e os pais foram até a casa da namorada dele, Isabela Matias, para conversar com o pai dela. Eles queriam tentar fazer as pazes e conseguir a aceitação do relacionamento. Porém, ao chegarem lá, foram recebidos de forma agressiva por Cupertino. Pouco depois, ele atirou 13 vezes nas três vítimas, que morreram ainda no local.

Logo após o crime, Cupertino fugiu e ficou escondido por quase três anos. Durante esse tempo, passou por mais de 100 endereços e chegou a viver em outros países, como Paraguai e Argentina. Ele foi preso apenas em maio de 2022, em um apartamento na zona sul de São Paulo, e responde por triplo homicídio qualificado. 

O primeiro julgamento estava marcado para outubro de 2024, mas não aconteceu. Isso porque Cupertino demitiu seu advogado de defesa, o que forçou o cancelamento do processo. Apesar do adiamento, ele permaneceu preso preventivamente.

Agora, o novo julgamento foi marcado para esta quinta-feira (29) e deve se estender até sexta-feira (30), no Fórum Criminal da Barra Funda.

A filha de Cupertino contou à polícia, na época, que o pai nunca aceitou o namoro dela com Rafael. Segundo ela, ele era muito possessivo e ficou muito bravo quando soube do relacionamento.

Preso, Paulo Cupertino escreveu uma carta, em 2024, à Justiça pedindo outro juiz, alegando que está sendo tratado de forma injusta. A Justiça, porém, negou o pedido.

Em outra carta, escrita no último dia 15, ele pediu para que o júri fosse adiado, dizendo estar insatisfeito. Esse pedido também foi negado.

Depois de quase seis anos do crime cometido por Cupertino, a expectativa é que o julgamento traga uma resposta da Justiça para os familiares das vítimas, que deixaram 2 filhas.

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