Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 03/06/2025, às 16h35
O médico e vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa (PL), de 39 anos, foi preso em flagrante após ser acusado por estupro de vulnerável e armazenamento de imagens envolvendo abuso e exploração sexual infantil.
A prisão ocorreu no último sábado (31) enquanto a Polícia Civil cumpria um mandado de busca e apreensão na casa do criminoso e nos consultórios onde trabalhava.
Ele atuava como vereador da cidade de Canarana, a 838 km de Cuiabá, capital do Mato Grosso.
Envolvido em casos de pedofilia, Thiago usava materiais relacionados a esse tipo de crime, segundo o delegado Flávio Leonardo Santana. “Parte desse material teria sido produzido, armazenado e divulgado pelo próprio suspeito”, informou.
De acordo com as autoridades, o criminoso tinha um “relacionamento” com uma adolescente e a jovem era submetida a práticas que envolviam escravidão sexual. Além disso, ele também aproveitava a profissão para se aproximar das vítimas de forma mais íntima e não consensual.
“Há fortes indícios de que o suspeito utilizava a adolescente como instrumento para abusar sexualmente de uma criança de apenas dois anos de idade”, detalhou o delegado.
Além dessas vítimas menores de idade, a polícia descobriu a existência de uma outra adolescente de 15 anos de idade. Ele teria se relacionado com a jovem desde que ela tinha apenas 12 anos. “Todo o material pornográfico foi localizado em posse do suspeito”, finalizou Flávio Leonardo.
Investigações continuam para a identificação de possíveis novas vítimas. Confira a nota oficial divulgada pela Câmara Municipal de Canarana (MT):
“A Câmara Municipal de Canarana-MT, diante dos fatos noticiados na impressa, bem como, pelo recebimento da intimação do processo que corre em sigilo, vem através desta nota informar que acompanha de perto os fatos envolvendo o vereador Dr. Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, aguardando com brevidade os esclarecimentos dos fatos, reafirmando ainda o seu respeito pela legislação e pelas autoridades judiciais, confiando no devido processo legal.
O Poder Legislativo repudia os supostos crimes atribuídos ao vereador e aguarda o resultado da investigação, que corre sob sigilo, e que deverá seguir as garantias constitucionais e as normas legais.
Informamos também, que conforme prevê a Lei Orgânica deste Município (Art. 39, §4°), o vereador está afastado dos seus trabalhos Legislativos.
Por fim, a Câmara reafirma o seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência em todas as suas ações”.
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