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Morte de jovem em mototáxi: veja os depoimentos e o que falta esclarecer

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Larissa havia sido homenageada como funcionária do mês poucas horas antes do acidente  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/PM
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 28/05/2025, às 12h10



A jovem Larissa Barros Máximo Torres, de 22 anos, morreu no último sábado (24) após ser arremessada de uma mototáxi na Avenida Tiradentes, no centro de São Paulo. 

O acidente ocorreu quando um passageiro de um carro abriu a porta de forma inesperada, no momento em que a moto passava pela faixa azul, espaço exclusivo para motocicletas.

De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista do carro de aplicativo transportava dois passageiros que, segundo ele, estavam "brincando" durante o trajeto.

Quando o veículo parou no sinal vermelho, um dos ocupantes, aparentemente embriagado, abriu a porta repentinamente. Nesse momento, a moto em que Larissa estava colidiu com a porta e foi lançada contra outro veículo.

O condutor da moto, identificado como Henderson de Souza Maior, sofreu ferimentos nos braços, pernas e costelas. Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas sobreviveu.

Já Larissa não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local. Ela foi sepultada na segunda-feira (26), no cemitério Primavera 1, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

A investigação do caso foi registrada como homicídio culposo na direção de veículo automotor, ou seja, quando não há intenção de matar, mas há negligência ou imprudência.

A Polícia Civil irá apurar detalhes para determinar quem abriu a porta e se houve responsabilidade do motorista ao permitir comportamentos imprudentes dentro do carro.

Os passageiros foram identificados como Felipe Moutinho Hilsenrath Garcia, advogado de 28 anos, e João Pedro Baptista Viegas De Oliveira Paes, economista da mesma idade.

Em depoimento, João Pedro afirmou estar embriagado e disse não se lembrar se foi ele quem abriu a porta. Felipe declarou que estava conversando no momento do acidente, mas que não viu o que aconteceu.

Larissa, que era supervisora comercial, tinha sido homenageada poucas horas antes do acidente como funcionária do mês em uma festa da empresa onde trabalhava. Estudante de engenharia de produção, ela conciliava trabalho e estudos.

A Secretaria da Segurança Pública informou que os envolvidos prestaram depoimento no 2º Distrito Policial, no bairro do Bom Retiro. A apuração segue em andamento.

Mototáxi X Prefeitura

O acidente acontece em meio a discussões judiciais envolvendo a Prefeitura de São Paulo e os aplicativos 99 e Uber sobre a regulamentação do serviço de motos por aplicativo, conhecidos como mototáxi, na cidade. 

Classificação Indicativa: Livre

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