Polícia

Novo golpe do Pix já afetou mais de 10 mil brasileiros — veja como funciona

O golpe da "mão fantasma" é a mais nova preocupação dos usuários. - Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O Pix fica suscetível a diversos golpes, que aumentaram nos últimos cinco anos, utilizando várias estratégias para enganar os usuários.  |   BNews SP - Divulgação O golpe da "mão fantasma" é a mais nova preocupação dos usuários. - Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Camila Lutfi

por Camila Lutfi

Publicado em 27/06/2025, às 11h31



Pix é a forma de pagamento digital mais utilizada por brasileiros, segundo o Banco Central (BC). Criado em 2020 para facilitar transações 24 horas por dia, a modalidade também fica suscetível a diversos golpes, que aumentaram nos últimos cinco anos, utilizando várias estratégias para enganar os usuários

O serviço de pagamento instantâneo está sob uma nova ameaça: o golpe da "mão fantasma". Com uma simples ligação telefônica, criminosos conseguem acesso remoto aos celulares das vítimas e retirar valores altos das contas bancárias. 

O novo golpe do Pix começa quando o fraudador entra em contato com a vítima por telefone se passando por um falso funcionário do banco. Esse "funcionário" indica que a conta foi invadida, clonada ou que há registros de movimentações suspeitas e é necessário proteger a conta com urgência.

Em seguida, ele informa que um aplicativo pode solucionar o problema e envia um link de instalação. Vale ressaltar que o app é legítimo, presente nos canais oficiais de lojas de aplicativos. Esse é o momento de atenção, pois baixar esse app permite acesso a todos os dados do celular da vítima, sem que ela tenha controle do que acontece — por isso o nome "mão fantasma". 

A vítima pode informar a senha por meio da ligação — algo que nunca pode ser feito — ou o criminoso consegue investigar todo o aparelho até encontrar uma senha que dê acesso ao banco. Afirmando que fará a proteção do telefone, o golpista começa a fazer transferências via Pix para outras contas. 

Mesmo com a ligação encerrada, o aplicativo instalado ainda permite que o criminoso continue as transferências. 

Segundo a Kapersky, empresa de cibersegurança e privacidade digital, a nova modalidade já foi registrada mais de 10 mil vezes no Brasil desde o ano passado, sendo 6.667 em 2024 e 3.495 nos primeiros meses de 2025.

Como se prevenir de golpes do Pix? 

Para evitar golpes do Pix, é importante estar atento às suas informações. Sempre desconfie de mensagens e ligações urgentes que pedem transferência de dinheiro ou envio de dados pessoais.

Se tiver dúvidas se é fraude ou não, entre em contato com a sua instituição financeira por meio de canais oficiais e nunca por links enviados na mensagem suspeita. 

Além disso, a sua chave Pix deve ser enviada apenas para pessoas confiáveis. As chaves aleatórias são as mais seguras, mas nos casos em que é necessário enviar uma chave padrão, como CPF ou celular, tome cuidado onde elas serão compartilhadas.

Evite clicar em links recebidos de remetentes desconhecidos, assim como navegar em sites que não contenham segurança (https:/). A atenção deve ser redobrada em mensagens de promessas de dinheiro fácil ou sorteios.

Por fim, manter o dispositivo atualizado e com programas antivírus, além de ativar a segurança em duas etapas do seu banco podem ser essenciais para evitar problemas financeiros com o Pix.

Classificação Indicativa: Livre

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