Polícia
Foto: Reprodução.
Quase duas décadas depois do sequestro que paralisou o país, Nayara Rodrigues da Silva, hoje com 32 anos, vive longe da exposição pública. Segundo o Correio 24 Horas, ela se tornou engenheira e mantém uma rotina discreta, evitando entrevistas e aparições na mídia.
Nayara ficou conhecida nacionalmente em 2008, quando foi feita refém junto com a amiga Eloá Pimentel, ambas de 15 anos, em Santo André, região metropolitana de São Paulo.
Em entrevista concedida ao Fantástico logo após o crime, Nayara declarou não sentir raiva, mas afirmou que jamais conseguiria perdoar o agressor. “Eu só não perdoo ele pelo que ele fez com a Eloá”, disse na época.
Nayara precisou passar por uma cirurgia de reconstrução facial no Centro Hospitalar de Santo André. O procedimento envolveu a retirada da bala, reimplantação de um dente e o uso de aparelhos ortodônticos.
Anos depois, de acordo com o g1, ela ainda realizou uma correção no maxilar por conta das sequelas.
Em 2018, a Justiça de São Paulo determinou que Nayara fosse indenizada em R$ 150 mil pelo governo estadual. A decisão reconheceu falhas na condução da operação policial que resultou na morte de Eloá, como o retorno de Nayara ao cativeiro durante as negociações.
Desde o crime, Nayara não manteve contato com a família de Eloá, segundo relatou Ana Cristina Pimentel, mãe da vítima, em entrevista ao Repórter Record Investigação. “A Nayara nunca me procurou. Só nos vimos no julgamento”, disse.
O paradeiro de Nayara voltou a ser discutido nas redes sociais após uma publicação de Cíntia Pimentel, cunhada de Eloá, que questionou a amizade entre as duas adolescentes. “Será que eram tão amigas?”, escreveu.
O caso que causou grande comoção permanece marcado na memória dos brasileiros.
Em outubro de 2008, Lindemberg Alves invadiu o apartamento onde Eloá estudava com a amiga Nayara, ambas com 15 anos de idade.
As duas ficaram seis dias como reféns em Santo André, na Grande São Paulo, até a ação do GATE, que terminou de forma trágica.
Lindemberg atirou contra as duas. Nayara sobreviveu, mas Eloá não resistiu aos ferimentos.
Lindemberg foi condenado a 39 anos de prisão e segue preso em Tremembé, no interior de São Paulo.
Segundo apuração do Metrópoles, Nayara passou por cirurgia de reconstrução do rosto e recebeu indenização de R$ 150 mil por danos morais, materiais e estéticos.
O documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo” estreia na Netflix nesta quarta-feira, 12 de novembro. Assista ao trailer:
Classificação Indicativa: Livre
