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Adolescente é preso em SP por ligação com plano de ataque em show da Lady Gaga; confira os detalhes

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Adolescente de 16 anos foi identificado como administrador de perfis com discurso de ódio e radicalização  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram @ladygaga
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 05/05/2025, às 11h01



Um adolescente de 16 anos foi preso em São Vicente, no litoral paulista, durante a "Operação Fake Monster", que desmantelou um grupo extremista responsável pela disseminação de discursos de ódio na internet e pelo planejamento de um ataque durante o show da cantora Lady Gaga em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último sábado (3). O plano do grupo era atacar o público LGBTQIA+ presente no evento.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP),  jovem foi identificado como responsável por perfis em redes sociais que compartilhavam mensagens de ódio, embora tenha negado qualquer envolvimento direto no planejamento do atentado. 

Durante a apreensão, a polícia encontrou em sua casa vários dispositivos eletrônicos, como um computador, celular, HD externo, cartão de memória e videogame, que serão analisados na investigação.

A operação foi realizada pela Polícia Civil, em parceria com o Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça. 

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em outras cidades da Grande São Paulo, como Cotia e Vargem Grande Paulista. Nos locais, foram encontrados mais dispositivos eletrônicos que serão periciados para ajudar a esclarecer a atuação do grupo.

A investigação revelou que o grupo extremista estava recrutando jovens e menores para participar de ataques violentos usando explosivos improvisados, como coquetéis molotov. 

Além disso, os membros do grupo promoviam conteúdos violentos e de ódio, incluindo pornografia infantil e incitação à automutilação, com o objetivo de ganhar visibilidade nas redes sociais.

O alerta sobre a atividade do grupo foi dado pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, que estava monitorando o crescimento da radicalização de adolescentes em plataformas digitais. 

Durante a operação, o líder da organização criminosa foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo, e o adolescente do Rio de Janeiro, apontado como suspeito no planejamento de ataque com bomba no show, foi preso por seu envolvimento no esquema e por ter pornografia infantil.

A Operação Fake Monster segue em andamento para identificar outras pessoas ligadas à rede criminosa, que usava a internet para incitar violência e ódio.

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