Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 05/05/2025, às 10h38
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou no domingo (4) que conseguiu impedir um atentado com bomba durante o show da cantora Lady Gaga na praia de Copacabana, que reuniu 2,1 milhões de pessoas na noite do último sábado (3).
“As instituições realizaram uma ação conjunta contra um grupo que disseminava discurso de ódio e preparava um plano, principalmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+”, disse o órgão.
A operação ganhou o nome de “Fake Monster”. Foi descoberto que o grupo por trás da tentativa de ataque estava recrutando pessoas para realizar as ações criminosas usando coquetéis molotov e explosivos improvisados.
As investigações revelaram que os planos de violência eram vistos como parte de um “desafio coletivo”, com a intenção de ganhar fama nas redes sociais; os suspeitos, inclusive, utilizavam a internet para incentivar adolescentes à prática de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e outros atos violentos, como maus tratos aos animais.
Um dos principais suspeitos, apontado como o líder, foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma. Já no estado onde aconteceu o show, um adolescente foi apreendido por armazenar pornografia infantil.
A “Fake Monster” cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra nove investigados em cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
A Polícia Civil carioca busca manter a investigação em sigilo para evitar problemas maiores. “A operação foi deflagrada para neutralizar as condutas digitais que vinham sendo articuladas, com potencial risco ao público do evento, sem que houvesse qualquer impacto para os frequentadores”.
Em Macaé (RJ), os policiais também executaram uma ordem judicial contra um homem que teria ameaçado realizar ataques e matar uma criança ao vivo durante o show de Lady Gaga. Ele responderá por terrorismo e induzimento ao crime.
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