Polícia
Publicado em 02/05/2025, às 14h07 Giovana Sedano
A Polícia Federal deflagrou uma ampla investigação para apurar um esquema de fraude que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões dos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No centro do escândalo está Cecilia Rodrigues Mota, cuja movimentação financeira e padrão de vida incompatível com sua renda acenderam o alerta das autoridades. O volume de recursos movimentados e o número de viagens internacionais realizadas em 2024 colocaram seu nome como principal alvo das apurações.
De acordo com o relatório da PF, Cecilia realizou 33 viagens internacionais entre janeiro e novembro de 2024, em contraste com as apenas oito registradas no ano anterior. Os destinos incluíram Dubai, Paris e Lisboa.
Durante essas viagens, ela esteve acompanhada por ao menos seis pessoas que agora são investigadas como possíveis beneficiárias do esquema fraudulento. Entre os acompanhantes, Charles Goes Freitas aparece com movimentações de R$ 366.988, enquanto Sarah Jeslany de Andrade Santos, que trabalha como faxineira, viajou com Cecilia a Dubai.
Outros nomes envolvidos incluem Tiago Schettini Batista, que recebeu mais de R$ 2 milhões da Unaspub (União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos), e Marcelo Alexandre Pereira Lima, com depósitos de R$ 23 mil vindos do escritório de Cecilia.
Tiago Alves de Araújo teria sido favorecido com R$ 120 mil, e Natjo de Lima Pinheiro movimentou cerca de R$ 400 mil em transações ligadas a empresas envolvidas no esquema.
As investigações apontam que Cecilia teria recebido aproximadamente R$ 14 milhões em menos de um ano. A PF segue aprofundando as diligências para responsabilizar os envolvidos e recuperar os valores desviados, em uma das maiores fraudes já registradas contra o sistema previdenciário brasileiro.
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