Polícia
Na noite de sexta-feira (4), um homem de 26 anos foi morto por engano por um policial militar em serviço, na região de Parelheiros, na Zona Sul da capital paulista. A vítima, identificada como Guilherme Dias Santos Ferreira, havia acabado de encerrar o expediente e seguia em direção ao ponto de ônibus quando foi atingida por um disparo na cabeça. O PM envolvido foi preso em flagrante.
Segundo a Polícia Civil, Guilherme não tinha qualquer envolvimento com a tentativa de assalto que havia ocorrido instantes antes e que motivou a reação do policial. O agente relatou que, enquanto trafegava de moto pela Estrada Ecoturística de Parelheiros, foi abordado por suspeitos armados. Durante a troca de tiros, Guilherme foi baleado e morreu no local. Uma mulher que passava pela via também foi atingida, mas sobreviveu.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou o caso como homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. A investigação aponta que o policial pode ter agido por erro de percepção ao confundir a vítima com um dos assaltantes. A arma utilizada — uma pistola Glock .40 da corporação — foi recolhida para perícia.
Segundo o G1, documentos apresentados por colegas de trabalho e familiares mostram que Guilherme registrou o ponto eletrônico às 22h28, apenas sete minutos antes do disparo, ocorrido por volta das 22h35. Imagens e mensagens no status do WhatsApp também confirmam a saída do trabalho no horário indicado.
A perícia encontrou com a vítima pertences como marmita, talheres, itens de higiene, celular e livro. Não havia qualquer arma com Guilherme. Após a apresentação dessas provas, o boletim de ocorrência foi alterado e ele passou de "envolvido" a "vítima".
A fiança do policial foi fixada em R$ 6.500 e paga por um representante. Ele responderá ao processo em liberdade. A Polícia Militar acompanha o inquérito e a investigação segue com o apoio da perícia técnica, que analisará as munições e demais evidências.
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