Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 17/08/2025, às 11h18
O policial militar Fabio Anderson Pereira de Almeida, acusado de matar o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira com um tiro na cabeça, foi preso na madrugada do último sábado (16).
O crime ocorreu no início do mês passado, em Parelheiros, na zona sul de São Paulo. A apuração foi feita pelo UOL.
A prisão preventiva, que aconteceu na sexta-feira (15), levou o agente ao Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital. Com a audiência de custódia, a decisão foi mantida.
O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais para encaminhar o inquérito à Justiça.
Além disso, foi autorizado o exame de corpo de delito em uma segunda vítima ferida na mesma ocorrência. O MP havia solicitado acesso às mensagens de celular de Guilherme, mas o pedido foi negado.
As investigações apontam que Guilherme foi morto “por engano”. Momentos antes, Fabio teria reagido a uma tentativa de roubo de sua motocicleta feita por dois criminosos.
Minutos depois, ao avistar Guilherme correndo para pegar um ônibus, ele confundiu a vítima com um dos assaltantes e atirou três vezes.
O marceneiro foi atingido na cabeça e morreu por traumatismo cranioencefálico. Uma mulher também ficou ferida, mas sobreviveu.
Foram encontrados objetos pessoais perto do corpo da vítima: uma marmita, talheres, um livro e a roupa de trabalho.
Pouco tempo antes do crime, Guilherme havia enviado mensagens para a esposa para avisar que já estava voltando para casa. Ele também postou nas redes sociais uma foto que mostrava a saída do serviço.
A esposa da vítima lamentou a morte e cobrou justiça. “Só porque é um jovem negro e estava correndo para pegar o ônibus, [ele] atirou. O que é isso? Que mundo é esse? Era o único jovem preto que estava no meio [do ponto] e foi atingido. A gente quer esse policial na cadeia, ele tem que pagar. Está solto, pagou a fiança que, para ele, não é nada”.
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