Polícia
Publicado em 08/05/2025, às 16h32 Redação
Um avião da companhia russa Aeroflot caiu e matou todos os 75 passageiros e 12 tripulantes a bordo. O acidente aconteceu no dia 23 de março de 1994 e tinha como destino Hong Kong.
O voo era o Aeroflot 593, que saiu de Sheremetievo, em Moscou, na Rússia. Até as 00h47min, o voo aconteceu normalmente sem desvios de rota, no entanto, as 0h58min, a aeronave desapareceu das telas dos radares do controle de tráfego aéreo.
O avião caiu cerca de 91 km da cidade de Novokuznetsk, aproximadamente 3.200 km de distância da capital Moscou. A aeronave utilizada era um Airbus A310, que voou durante 4 horas e 19 minutos até o impacto com o solo.
A causa da queda teria sido os filhos do capitão, que estavam na cabine junto ao pai. Ao seu lado ainda havia o copiloto e mais um outro piloto. O capitão convidou sua filha de 13 anos para se sentar na poltrona do comandante. "Venha aqui se sentar no meu lugar agora. Você gostaria de fazer isso", disse o comandante.
Ela permaneceu ali por 7 minutos, mas o controle da aeronave não foi passado para o copiloto formalmente. O pai programou o piloto automático para fazer curvas, saindo levemente da rota original, mas voltando a ela depois.
Logo depois, o comandante permitiu que seu filho, um jovem de 15 anos, assumisse brevemente os controles do avião. O garoto quis realizar algumas manobras, e o pai, sem ver riscos, concordou. No entanto, ao manipular os controles, o adolescente excedeu o grau permitido de inclinação, o que provocou a desativação do piloto automático.
Sem o auxílio dos sistemas automáticos de controle, a aeronave começou a inclinar-se gradualmente. Esse desvio passou despercebido pela tripulação naquele momento.
A inclinação lateral excessiva é extremamente perigosa para aeronaves comerciais, pois compromete a sustentação — o fator que mantém o avião no ar — e pode levar a uma queda.
Os pilotos, ocupados e dividindo a atenção com os visitantes na cabine, interpretaram o movimento como uma possível espera em circuito, uma prática comum em certas fases do voo. Isso os impediu de identificar o real problema a tempo.
Pouco depois, o avião ultrapassou o limite estrutural de inclinação lateral para o qual havia sido projetado. Ao perder sustentação, entrou rapidamente em um mergulho descontrolado em direção ao solo.
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