Política

Conclave já elegeu papa brasileiro, mas cardeal recusou o cargo; saiba quem foi

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Um cardeal brasileiro chegou a ser escolhido no conclave de 1978, mas recusou o cargo após alegar problemas de saúde  |   BNews SP - Divulgação Foto: Unsplash
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 08/05/2025, às 13h12



O conclave que definirá o novo líder da Igreja Católica conta com a participação de sete cardeais brasileiros. Todos têm direito a voto e também podem ser eleitos.

Embora o Brasil nunca tenha tido um papa, um cardeal brasileiro chegou a ser escolhido em 1978, mas recusou o cargo.

Naquele ano, dom Aloísio Lorscheider, cardeal de Fortaleza (CE), foi o primeiro a alcançar os dois terços dos votos necessários; porém, quando questionado, ele recusou a eleição ao alegar problemas de saúde. Ele tinha oito pontes de safena.

Após essa recusa, o papa escolhido foi Karol Wojtyla, que adotou o nome João Paulo 2º e permaneceu no cargo por 26 anos. Ele faleceu em 2005. A decisão veio logo depois do falecimento precoce de João Paulo 1º, que liderou a Igreja Católica por apenas 33 dias.

Naquele cenário, com receio de que uma nova perda rápida acontecesse, Lorscheider preferiu não assumir tal responsabilidade.

Embora fosse um dos nomes mais esperados no conclave, o cardeal brasileiro articulou com outros colegas para evitar ser escolhido mais uma vez. Lorscheider teria sido o responsável por conduzir votos de cardeais latino-americanos e africanos para Wojtyla.

Dom Aloísio faleceu em 2007, em Porto Alegre, dois anos após a morte de João Paulo 2º. Ele tinha 83 anos e morreu por falência múltipla dos órgãos após ficar internado por quase um mês.

Lorscheider era neto de alemães e nasceu em Estrela (RS). Foi arcebispo de Fortaleza e depois de Aparecida, além de presidir tanto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quanto o Conselho Episcopal Latino-Americano. Tornou-se cardeal em 1976, nomeado pelo papa Paulo 6º.

Atual conclave

Entre os votantes, há sete representantes brasileiros: Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador; Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre; Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo; Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília; João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília; e Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus.

Dom Sergio da Rocha é um dos cardeais brasileiros que pode votar na escolha do novo papa e, inclusive, concorrer ao cargo neste conclave. Além disso, ele é um dos favoritos para assumir a Igreja Católica.

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