Política
Publicado em 30/04/2025, às 10h24 Redação BNews São Paulo
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta terça-feira (29) o projeto que concede reajuste salarial de 5,15% aos servidores públicos municipais, dividido em duas parcelas: 2,60% em maio de 2025 e 2,55% em maio de 2026. A votação foi marcada por protestos de grevistas e tumulto entre vereadores.
Com 34 votos favoráveis e 17 contrários, a proposta passou em segunda votação mesmo diante da greve de professores e servidores, que reivindicam aumento superior à inflação acumulada no último ano, de 5,65%, segundo o IPCA.
A sessão foi interrompida por mais de 20 minutos após a vereadora Cris Monteiro (Novo) ser chamada de racista por manifestantes. A confusão começou quando ela afirmou: "Quando vem uma mulher branca, bonita e rica falar aqui, vocês vaiam". Após ser acusada de racismo, Cris pediu desculpas em plenário.
Outro momento tenso envolveu os vereadores Rubinho Nunes (União) e Toninho Vespoli (PSOL). Rubinho tentou arrancar um cartaz das mãos de Toninho durante a sessão, o que aumentou o clima de tensão no plenário.
Os sindicatos, que pedem reajuste de 44% para a educação, redução da alíquota previdenciária de 14% para 11% e incorporação dos abonos, afirmaram que vão avaliar os próximos passos após a aprovação do projeto. A proposta original da prefeitura rejeitou a contraproposta apresentada pelas entidades em audiência pública.
Com a aprovação, o texto segue agora para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Líderes sindicais já sinalizaram que novas mobilizações não estão descartadas nos próximos dias.
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