Política
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (13) a distribuição gratuita de dois novos modelos de camisinha masculina: a texturizada e a extra fina. Os preservativos chegam para complementar o modelo tradicional já oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a pasta, o objetivo é aumentar a adesão, especialmente entre os jovens, e reforçar a proteção contra HIV, hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O uso do preservativo também continua sendo uma medida fundamental para evitar gestações não planejadas.
A meta é ampliar o acesso e incentivar o uso regular do preservativo em todas as faixas etárias.
De acordo com a revista Galileu, a camisinha extra fina proporciona maior sensação de contato durante a relação por conta da espessura reduzida. Já a texturizada possui relevos projetados para aumentar o estímulo e o prazer. Ambas oferecem a mesma eficácia de proteção que o modelo tradicional.
Buscando mais acessibilidade, as embalagens dos novos preservativos incluem linguagem em braille. Em 2025, a previsão é que sejam distribuídas cerca de 400 milhões de unidades pelo SUS. Até então, eram oferecidos apenas dois tipos: a camisinha masculina comum, feita de látex, e a feminina, de látex ou borracha nitrílica.
Para apresentar a novidade, o médico infectologista Ricardo Kores, conhecido nas redes sociais por seus conteúdos educativos, publicou um vídeo de “unboxing” da camisinha texturizada no perfil oficial do Ministério da Saúde. A postagem já acumula mais de 1,4 milhão de visualizações.
“Recebidos? Sim! A nova camisinha do @minsaude é texturizada e foi criada para incentivar o uso, principalmente entre os jovens”, afirmou o médico, que elogiou a qualidade do produto e incentivou a população a buscar o preservativo gratuitamente nas unidades de saúde.
Kores ainda reforçou a importância de associar diferentes métodos de prevenção: “Combine camisinha com gel lubrificante, PrEP, DoxiPEP, vacinação, exames de rotina e acompanhamento médico”.
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O lançamento também responde a uma queda no uso de camisinhas, confirmada por dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE 2019) e por relatório da OMS (2024). O levantamento de 2019 revelou que apenas 22,8% das pessoas com 18 anos ou mais usaram preservativo em todas as relações no último ano. Outros 17,1% disseram usar às vezes, e 59% admitiram não utilizar nenhuma vez.
A queda no uso preocupa especialistas e reforça a importância de campanhas e inovações para incentivar a proteção.
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