Política
por Marcela Guimarães
Publicado em 07/07/2025, às 11h42
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal do Distrito Federal a suspensão imediata da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), mais conhecido como “Enem dos Concursos”.
O requerimento foi feito apenas dois dias após a publicação do novo edital, com base em irregularidades já identificadas na edição anterior, principalmente no cumprimento das cotas raciais previstas em lei.
De acordo com o MPF, candidatos da primeira edição do CPNU denunciaram falhas no processo de heteroidentificação, falta de transparência e dificuldades para apresentação de recursos. As queixas foram recebidas ao longo do último ano e, de acordo com o órgão, os problemas não foram resolvidos.
O novo edital, lançado no dia 30 de junho pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), teria sido publicado “sem a correção das falhas estruturais apontadas em ação civil pública”, segundo o MPF.
Em nota oficial, o Ministério Público destacou que já havia solicitado, no dia 25 de junho, uma ação civil pública no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), cobrando comprovação de medidas efetivas para garantir a aplicação correta das cotas raciais no novo concurso.
O órgão afirma que a suspensão do concurso é necessária para evitar prejuízos aos candidatos cotistas. Os principais pontos de atenção destacados pelo MPF são:
Desde a abertura das inscrições, na última quarta-feira (2), o CPNU 2025 já ultrapassou 100 mil inscritos. Questionada sobre a ação, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou à Agência Brasil que “a União não foi intimada de decisão judicial, nem instada a se manifestar nos autos do processo”.
Já o Ministério da Gestão informou que “ainda não foi notificado pela Justiça Federal sobre qualquer decisão nesse processo”.
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