Política
O Supremo Tribunal Federal (STF) segue nesta semana com as sustentações orais das defesas dos acusados no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. O julgamento entrou em sua fase final nesta terça-feira (2), quando os ministros ouviram os primeiros advogados.
Cada réu tem direito a uma hora para apresentar seus argumentos e contestar as acusações.
A sessão de terça contou com as manifestações das defesas de Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres e Mauro Cid. A previsão era de que os trabalhos se estendessem até 19h, mas os ministros decidiram encerrar às 17h50, em razão de compromissos oficiais, segundo o Terra.
Na sequência, estão inscritos Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno, representantes de Jair Bolsonaro. Como a dupla ocupa a sexta posição na lista de oradores, a expectativa é que eles se manifestem na manhã desta quarta-feira (3).
A fala dos advogados do ex-presidente é um dos momentos mais aguardados da semana.
De acordo com a pauta do Supremo, além da defesa de Bolsonaro, também devem se pronunciar os advogados de outros ex-integrantes do governo:
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
A sessão está marcada para começar às 9h e terminar ao meio-dia. Como cada defesa pode ocupar até uma hora, existe a possibilidade de que a sustentação de Braga Netto seja transferida para o próximo encontro, no dia 9 de setembro.
Esse ajuste dependerá da decisão dos ministros da 1ª Turma, composta por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
O julgamento tem despertado forte atenção política. Durante as falas, ministros já intervieram em diferentes momentos, inclusive para corrigir declarações de advogados, como no caso da ministra Cármen Lúcia em relação ao debate sobre voto impresso.
A defesa de Bolsonaro informou que o ex-presidente está “debilitado” e não deve comparecer ao plenário nesta quarta. Ainda assim, os advogados pretendem reforçar a tese de que ele não teve participação direta nos atos que culminaram na denúncia.
O resultado desse julgamento poderá definir os rumos políticos de Bolsonaro e de seus antigos aliados nos próximos anos.
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