Destino religioso mais visitado do Brasil planeja cobrar ingresso; veja detalhes

A Prefeitura de Aparecida, em São Paulo, enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que prevê a taxação de veículos de turistas que chegam à cidade, referência nacional do turismo religioso. O objetivo é compensar os impactos da circulação intensa de visitantes sobre a infraestrutura urbana.

O município é conhecido principalmente pelo Santuário de Nossa Senhora Aparecida, o maior templo religioso do Brasil, que atrai milhares de fiéis ao longo do ano. Durante eventos e romarias, a cidade recebe grande volume de carros, vans e ônibus, aumentando a demanda por serviços públicos, segundo a Gazeta de SP.

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Justificativa da Prefeitura

Segundo o prefeito Zé Louquinho (PL), o orçamento da cidade não é suficiente para cobrir todos os custos gerados pelo fluxo turístico. “Essa intensa circulação, embora essencial à economia local, gera impactos diretos sobre a infraestrutura urbana e ambiental”, afirma.

O documento destaca que a cidade precisa investir constantemente em coleta de resíduos, manutenção de vias e praças, zeladoria e ordenamento urbano, despesas que crescem proporcionalmente ao aumento de visitantes.

Valores propostos e forma de cobrança

O projeto estabelece uma tabela de valores por tipo de veículo:

• Carro: R$ 10,01

• Moto: R$ 5,00

• Van ou kombi: R$ 20,03

• Micro-ônibus: R$ 40,06

• Ônibus: R$ 70,11

A cobrança seria realizada por meio de plataforma digital, ainda sem detalhes definidos sobre se o valor se aplicaria à permanência em horas ou dias.

Moradores de Aparecida e cidades vizinhas, como Guaratinguetá, Potim, Roseira, Lorena, Canas, Piquete, Cachoeira Paulista e Cunha, estariam isentos da taxa.

Próximos passos

Ainda não há previsão para a votação do projeto na Câmara Municipal. Caso aprovado, o sistema de cobrança digital permitirá maior controle do fluxo de veículos e trará uma nova fonte de receita para a cidade.

O projeto busca equilibrar a preservação da infraestrutura urbana e ambiental com a manutenção do turismo religioso, setor crucial para a economia local. A medida também pretende tornar o impacto financeiro dos visitantes mais justo, distribuindo os custos do turismo intenso entre quem vem de fora.