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Entenda o que acontece agora com Bolsonaro, Eduardo e Malafaia nas investigações

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Ex-presidente e deputado enfrentam inquérito sobre tentativas de golpe e ameaças à democracia, com julgamento marcado para setembro.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 21/08/2025, às 09h36



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia estão sob investigação no inquérito do STF que apura tentativas de golpe de Estado e interferências em processos democráticos. Cada um deles enfrenta situações distintas no curso do inquérito.

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Pai e filho indiciados

A Polícia Federal já concluiu as apurações envolvendo Bolsonaro e Eduardo, considerando que há provas suficientes para indiciá-los. Ambos foram denunciados por coagir autoridades no curso de processos e por tentar restringir os poderes constitucionais, ameaçando o Estado Democrático de Direito.

O ex-presidente já figura como réu em ação sobre a tentativa de golpe de 2022, com julgamento marcado para 2 de setembro no Supremo. O relatório da PF foi enviado pelo ministro Alexandre de Moraes à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora decidirá se oferece denúncia, arquiva o caso ou solicita diligências adicionais.

Além disso, Moraes estipulou prazo de 48 horas para que a defesa de Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o descumprimento de medidas cautelares, possíveis novas condutas ilícitas e risco de fuga. Em seguida, a PGR terá o mesmo período para se posicionar sobre a resposta do ex-presidente, segundo a CNN.

Situação de Malafaia

O pastor Silas Malafaia passou por buscas e apreensão ao chegar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e foi conduzido à delegacia da PF. Diferentemente de Bolsonaro e Eduardo, Malafaia não recebeu indiciamento até o momento.

O líder religioso optou por permanecer em silêncio e declarou: “Eu que sou o criminoso? Isso é uma vergonha... Não vou me calar. Vai ter que me prender pra me calar”. Segundo fontes, a PF ainda pretende intimá-lo para prestar depoimento, mantendo a investigação aberta antes de qualquer decisão sobre indiciamento.

Medidas cautelares, como a apreensão do celular e a proibição de sair do país, indicam que existem elementos relevantes que podem levar a um futuro indiciamento, caso novas provas sejam encontradas.

Defesa e posicionamento

Em nota publicada no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro afirmou que sua atuação nos Estados Unidos não tinha objetivo de interferir em processos legais. Ele criticou a PF, alegando que a ação tem caráter político, e não judicial.

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