Política
por Camila Lutfi
Publicado em 05/08/2025, às 10h52
Os Estados Unidos podem pedir mais de R$ 80 mil para emitir vistos de turismo e negócios ainda neste mês.
Um comunicado do Departamento de Estado, publicado na última segunda-feira (4), indicou que pode exigir caução — ou seja, uma garantia — de até US$ 15 mil (o equivalente a R$ 82,6 mil) para visitantes com nacionalidades de histórico de permanência além do oferecido nos EUA.
Dessa forma, a medida tem como alvo "cidadãos de países identificados pelo Departamento [de Estado] como tendo altas taxas de permanência excedida de visto, onde as informações de triagem e verificação são consideradas deficientes, ou que oferecem Cidadania por Investimento, se o estrangeiro obteve a cidadania sem requisito de residência", diz o comunicado.
É o que indica um documento disponibilizado no site do Registro Federal dos EUA. O arquivo integral deve ser divulgado nesta terça-feira (5).
Solicitantes de vistos B-1, documento de não imigrante focado para atividades comerciais ou profissionais pontuais no território americano, e B-2, de turismo, podem ser atingidos pela medida.
O programa-piloto terá início no dia 20 de agosto e deve durar cerca de um ano. Ainda não é possível afirmar se o Brasil será atingido pela medida, mas o Departamento de Estado deve anunciar os países atingidos pelo site Travel.State.Gov ao menos 15 dias antes do início.
O objetivo principal é reprimir os visitantes que ultrapassam o prazo de permanência nos EUA de seus vistos. Segundo o comunicado, a justificativa para a cobrança das cauções será informada juntamente da lista de países.
Ainda de acordo com o comunicado, os agentes consulares terão podem cobrar três valores dos solicitantes de visto sujeitos à medida:
Não foi explicado qual o critério para estipular os valores. No entanto, em geral, espera-se a exigência de pelo menos US$ 10 mil para os países afetados.
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