Política
por Camila Lutfi
Publicado em 28/05/2025, às 18h50
Os Estados Unidos devem proibir a emissão de vistos americanos para funcionários públicos estrangeiros que sejam, supostamente, "cúmplices da censura aos americanos". O anúncio foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
Dessa forma, quaisquer políticos ou funcionários do governo de outros países que acusarem, multarem ou exigirem informações de cidadãos ou empresas americanas — caso seja visto como censura à liberdade de expressão — não poderão mais entrar em território do país norte-americano.
"Durante demasiado tempo, os americanos foram multados, assediados e até acusados por autoridades estrangeiras por exercerem os seus direitos de liberdade de expressão", afirmou o chefe da diplomacia americana.
"Os estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país", disse. "Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tratamento passivo para aqueles que trabalham para minar os direitos dos americanos acabaram", afirmou.
A situação lembra o caso de Alexandre de Moraes e o banimento da rede X (antigo Twitter) do Brasil no ano passado, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) exigiu que Elon Musk, o dono da empresa, registrasse uma regulamentação para a plataforma. Segundo a coluna de Jamil Chade ao Uol, o caso não foi citado, mas diplomatas avaliam que a iniciativa pode acabar prejudicando o ministro brasileiro.
O governo brasileiro prepara uma resposta política forte caso Donald Trump opte por aplicar sanções contra Moraes, mas não há qualquer previsão de que um gesto americano seja respondido com retaliações ou sanções por parte do Brasil.
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