Política
por Camila Lutfi
Publicado em 06/08/2025, às 07h51
Os Estados Unidos irão cobrar até US$ 15 mil — o equivalente a R$ 82,6 mil — para emitir vistos de turismo e negócios a partir do dia 20 de agosto. Nesta terça-feira (5), o Departamento de Estado dos EUA definiu os países que serão cobrados.
O Brasil escapou da lista de países que devem pagar milhares de dólares para emitir vistos americanos. O programa piloto irá exigir caução, ou seja, garantia para visitantes de países com taxas de alta permanência após o prazo do visto concedido.
Dessa forma, na hora de solicitar o documento obrigatório para estar no território norte-americano, agentes consulares dos locais listados podem cobrar uma garantia para evitar que os visitantes fiquem acima do período máximo permitido pelos vistos de turismo e negócios.
Segundo um comunicado divulgado na última segunda-feira (4), a medida tem como alvo "cidadãos de países identificados pelo Departamento [de Estado] como tendo altas taxas de permanência excedida de visto, onde as informações de triagem e verificação são consideradas deficientes, ou que oferecem Cidadania por Investimento, se o estrangeiro obteve a cidadania sem requisito de residência".
De acordo com o documento publicado pelo Departamento de Estado americano, apenas cidadãos de Malaui e Zâmbia serão afetados com a medida.
Solicitantes de vistos B-1, documento de não imigrante focado para atividades comerciais ou profissionais pontuais no território americano, e B-2, de turismo, serão os principais impactados.
O programa-piloto terá início no dia 20 de agosto e deve durar cerca de um ano.
O objetivo principal é reprimir os visitantes que ultrapassam o prazo de permanência nos EUA de seus vistos. Segundo o comunicado, a justificativa para a cobrança das cauções será informada juntamente da lista de países.
Os agentes consulares terão podem cobrar três valores dos solicitantes de visto sujeitos à medida:
Não foi explicado qual o critério para estipular os valores. No entanto, em geral, espera-se a exigência de pelo menos US$ 10 mil para os países afetados.
Classificação Indicativa: Livre