Política

Expansão da Linha 15-Prata: promessa de melhorias e desafios no caminho

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A expansão da Linha 15-Prata promete beneficiar 480 mil passageiros diários com novas estações até a Cidade Tiradentes.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Gov BR
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 08/08/2025, às 08h14



A Linha 15-Prata do monotrilho, que conecta atualmente a Vila Prudente ao Jardim Colonial, tem um projeto ambicioso de expansão. A proposta é levar o transporte até a Cidade Tiradentes, no extremo leste de São Paulo, passando por diversas novas estações.

A expectativa é beneficiar cerca de 480 mil passageiros por dia com a ampliação do serviço.

Segundo o Uol, atualmente, a linha opera com 11 estações ao longo de 14,5 km e circula a cerca de 15 metros de altura. O sistema, que foi planejado para operar de forma autônoma, sem maquinistas, ainda gera debates sobre segurança após recentes falhas.

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Novas estações e prazos indefinidos

Estão previstas as estações Ipiranga, Boa Esperança e Jacu-Pêssego, que devem ser entregues até 2027. No entanto, o Metrô ainda não definiu uma data exata para abertura ao público. Até julho, cerca de 40% das obras civis estavam concluídas.

A estação Ipiranga fará integração com a linha 10-Turquesa da CPTM. Já as estações Boa Esperança e Jacu-Pêssego, localizadas após Jardim Colonial, vão adicionar 3 km à linha, além de um novo pátio, o Ragueb Chohfi.

“Os cronogramas estão em constante revisão”, informou o Metrô ao justificar o atraso.

Projetos que ainda não saíram do papel

Quatro outras estações estão em análise: Jardim Marilu, Jardim Pedra Branca, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes. Segundo o Metrô, a construção depende da ampliação de vias municipais, como a Estrada do Iguatemi, para instalação dos pilares do monotrilho.

Apesar das conversas com a prefeitura de São Paulo, ainda não há prazo para início das obras.

Operação e problemas recorrentes

Desde março, os trens passaram a operar totalmente sem condutores embarcados, o que gerou críticas do Sindicato dos Metroviários. A categoria afirma que a ausência de operadores compromete a segurança dos usuários.

Em maio, falhas em dois trens forçaram passageiros a caminharem por uma passarela elevada a 15 metros do chão. O Metrô alegou que os usuários não aguardaram orientação para evacuação. O sindicato responsabilizou a falta de operadores pelos transtornos.

O monotrilho opera sem maquinista, mas a confiança no sistema ainda está em construção.

Acidentes e paralisações anteriores

A Linha 15-Prata acumula ocorrências relevantes. Em janeiro de 2023, uma rachadura na estrutura de concreto interrompeu o funcionamento por mais de seis horas. Em março, dois trens colidiram entre Sapopemba e Jardim Planalto, sem passageiros a bordo.

Já em fevereiro de 2020, o estouro de pneus de uma composição provocou nova paralisação.

Licitação cancelada

Em julho de 2024, o governo estadual anulou a licitação para concessão da linha, que havia sido vencida pela ViaMobilidade. A decisão não foi explicada publicamente, e até o momento, o Metrô segue responsável pela operação da linha.

Enquanto a expansão avança lentamente, os passageiros continuam enfrentando incertezas e falhas operacionais.

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