Política
Milhões de brasileiros vão receber um reforço no saldo do FGTS ainda este ano. O Conselho Curador do Fundo de Garantia aprovou a partilha de R$ 12,929 bilhões do lucro obtido em 2024 com os trabalhadores que possuíam saldo nas contas do fundo.
Esse montante equivale a 95% do resultado total de R$ 13,6 bilhões gerado no ano passado. Ao todo, cerca de 134 milhões de pessoas serão contempladas, com créditos realizados em até 235 milhões de contas, já que um mesmo trabalhador pode ter mais de uma conta ativa ou inativa.
A Caixa Econômica Federal será responsável por realizar os depósitos, que serão feitos automaticamente até o final de agosto. O crédito será lançado diretamente na conta vinculada ao FGTS com base no saldo existente em 31 de dezembro de 2024.
A quantia depositada dependerá do valor que o trabalhador tinha no fundo no fim do ano passado. Quanto maior o saldo, maior será o acréscimo.
Com a correção anual tradicional (3% + Taxa Referencial) somada à distribuição de lucros, o rendimento total do FGTS em 2024 chegará a 6,05%. O número ultrapassa a inflação medida pelo IPCA no período, atendendo à exigência do STF de que o fundo tenha rendimento real positivo.
Desde 2017, parte dos lucros do FGTS vem sendo dividida com os trabalhadores para tornar o fundo mais vantajoso como forma de poupança.
Embora o valor seja creditado automaticamente, segundo o InfoMoney, ele só pode ser sacado em situações previstas por lei, como:
Demissão sem justa causa
Aposentadoria
Compra de imóvel
Doenças graves
Saque-aniversário (parcial, conforme regras)
A verificação do valor creditado pode ser feita pelo aplicativo FGTS ou no site da Caixa. Para ter direito, é necessário possuir saldo positivo na conta vinculada em 31 de dezembro de 2024.
Em 2023, o lucro distribuído foi de R$ 15,2 bilhões. Já em 2022, o fundo lucrou R$ 23,4 bilhões, mas repassou apenas 65% aos trabalhadores. A porcentagem distribuída pode variar anualmente, conforme decisão do Conselho Curador.
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