Política

Greve de caminhoneiros? Apoiadores levantam ideia para pressionar por Bolsonaro

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A mobilização de caminhoneiros e a proposta de anistia ganham força entre os apoiadores de Bolsonaro, buscando reverter sua condenação.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Agência Brasil
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 26/11/2025, às 08h18



Enquanto Jair Bolsonaro inicia o cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão, uma rede de apoiadores intensifica movimentos online e articulações políticas para pressionar por sua libertação.

Uma das iniciativas mais comentadas parte de uma página do Instagram que se apresenta como base de fãs do deputado Eduardo Bolsonaro.

O grupo passou a sugerir que uma manifestação marcada para este domingo possa evoluir para uma paralisação nacional de caminhoneiros, algo que despertou grande atenção nos bastidores políticos.

Com mais de 600 mil seguidores, o perfil reúne nomes expressivos do núcleo bolsonarista. Entre eles estão Nikolas Ferreira, Lucas Pavanato, Ciro Nogueira e o influenciador Pablo Marçal.

A adesão de figuras conhecidas amplia o alcance das publicações e reforça o tom de urgência adotado pelos administradores da página, que descrevem o momento como decisivo para reverter a condenação, segundo o Metrópoles.

Foto: Reprodução/Agência Brasil
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Pressões por anistia e histórico de mobilizações

A intenção de repetir antigos protestos não é novidade. Após as eleições de 2022, grupos de caminhoneiros favoráveis a Bolsonaro bloquearam trechos de rodovias em mais de 20 estados.

Naquele cenário, a Advocacia-Geral da União precisou agir para obter liminares que permitissem a liberação das vias. Essa memória recente se tornou referência para os apoiadores, que agora buscam uma mobilização semelhante em defesa do ex-presidente.

Paralelamente, cresce a movimentação dentro do Congresso para acelerar a votação do Projeto de Lei da Anistia, proposta que pretende perdoar os envolvidos nos atos golpistas. A pressão ocorre em meio ao aumento de manifestações digitais que pedem que parlamentares priorizem o tema.

Avanços no cumprimento da pena

A situação jurídica de Bolsonaro teve novo desdobramento na tarde de terça-feira, quando o Supremo Tribunal Federal formalizou o início de sua pena.

Ele permanece na Superintendência da Polícia Federal desde o sábado anterior, quando foi detido preventivamente após violar as regras da tornozeleira eletrônica.

A decisão consolidou a fase mais rigorosa do processo judicial, que agora não admite mais recursos capazes de impedir a execução da sentença.

O STF concluiu que o ex-presidente atuou como líder da organização criminosa responsável por planejar uma tentativa de permanência no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

Com isso, Bolsonaro passa a cumprir pena em regime fechado, enquanto seus aliados buscam estratégias políticas e mobilizações públicas para alterar o rumo do caso.

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