Política
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma motociata em São Paulo na noite desta terça-feira (5). O ato teve como bandeira a “defesa da liberdade de expressão” e também pediu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ponto de partida foi a Avenida Paulista, com concentração no vão do MASP. De lá, os motociclistas seguiram em direção à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na zona sul da cidade, próximo ao Ibirapuera.
O movimento foi organizado pelo vereador Lucas Pavanato (PL) e pelo ex-vereador Fernando Holiday (PL). Além deles, outros políticos bolsonaristas marcaram presença, como o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) e o vereador Adrilles Jorge (União Brasil).
A manifestação foi divulgada nas redes sociais com o nome de “motocarreata pró-Bolsonaro”, marcada para as 19h, e reuniu apoiadores em meio ao clima de tensão após as recentes decisões do STF contra o ex-presidente.
“Estamos aqui pela liberdade e contra perseguições políticas”, declarou um dos organizadores durante o trajeto pela Paulista.
O ato ocorreu um dia após Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, sob alegação de que ele descumpriu medidas cautelares impostas em 18 de julho. Entre as restrições, o ex-presidente não pode usar redes sociais, nem por terceiros.
De acordo com a decisão, Bolsonaro teria burlado a proibição ao aparecer em transmissões feitas pelos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
No último domingo (3), Flávio exibiu o pai em uma chamada de vídeo durante um ato em Copacabana. No mesmo dia, Bolsonaro também participou virtualmente de uma manifestação em São Paulo, aparecendo em vídeo durante o discurso do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
A motociata desta terça-feira mostrou que a base bolsonarista permanece mobilizada, mesmo diante das decisões judiciais que restringem a atuação do ex-presidente. Para os organizadores, o ato simboliza resistência e apoio político em um momento de forte embate com o STF, segundo o portal Metrópoles.
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