Política
Apesar da digitalização do sistema financeiro, os caixas eletrônicos seguem sendo indispensáveis para milhões de pessoas.
É por eles que muita gente ainda garante dinheiro vivo para despesas diárias, especialmente em regiões onde o acesso digital é limitado. Mas, desde setembro, essa realidade começou a mudar com a revisão das regras de saque na Argentina, de acordo com o Tribuno de Minas.
Os principais bancos do país estabeleceram tetos diferentes para saques diários. No Banco Nación, o cliente pode retirar até 150 mil pesos nos terminais, chegando a 500 mil pesos quando a operação é feita pelo aplicativo BNA+ ou home banking.
Já o Santander elevou a régua para clientes premium, permitindo retiradas de até 1,2 milhão de pesos por dia. Empresas de médio porte podem sacar até 3 milhões.
O Banco Galicia, por sua vez, fixou o limite em 2,4 milhões de pesos nas agências físicas. No entanto, quando o saque acontece em redes externas, como Banelco e Link, o valor permitido cai drasticamente para apenas 60 mil pesos.
Outra novidade é a cobrança autorizada pelo Banco Central da República Argentina para saques fora da rede bancária original do cliente. Nessas situações, o custo pode chegar a 5 mil pesos por operação. A justificativa é equilibrar os gastos operacionais e estimular que as transações aconteçam dentro dos próprios bancos.
Essas mudanças não acontecem por acaso. O uso de ferramentas como Mercado Pago e Cuenta DNI cresceu muito nos últimos anos, reduzindo a dependência de dinheiro físico.
Para os bancos, ajustar limites e tarifas é uma forma de se alinhar a esse novo comportamento de consumo, ao mesmo tempo em que controla a circulação de numerário.
Embora as carteiras digitais avancem rapidamente, os caixas eletrônicos ainda são parte essencial do dia a dia argentino. As novas regras mostram que a transição está em andamento: o dinheiro vivo segue existindo, mas o incentivo ao digital é cada vez mais evidente.
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