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Paralisação marcada para 4 de dezembro? Confira detalhes da greve dos caminhoneiros

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Desembargador aposentado e representante dos caminhoneiros anunciam ação para garantir legalidade da paralisação programada.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Agência Brasileiro
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 03/12/2025, às 08h31



O desembargador aposentado Sebastião Coelho e o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro, anunciaram, em vídeo publicado nas redes sociais, que vão protocolar uma ação para legalizar a paralisação nacional da categoria, prevista para começar nesta quinta-feira (4).

Chicão destacou: “Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato e dentro da legalidade que a lei estabelece.”

O desembargador Coelho acrescentou: “Agradeço a confiança do movimento, estarei lá com vocês para dar assistência jurídica e o que for necessário em todo o desenrolar do processo, que creio será vitorioso para a categoria.”

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Pauta da paralisação

Segundo o Metrópoles, os representantes da categoria afirmam que o ato não tem caráter político ou partidário, sendo uma mobilização voltada para reivindicações da classe. Entre os principais pontos da pauta estão:

  • Estabilidade contratual dos caminhoneiros;

  • Garantia do cumprimento de leis trabalhistas;

  • Reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas;

  • Aposentadoria especial após 25 anos de trabalho comprovado com recolhimento ou documento fiscal emitido.

Paralisação e anistia: histórico de mobilização de Coelho

Recentemente, Sebastião Coelho havia convocado apoiadores de Jair Bolsonaro para uma paralisação em prol da anistia do ex-presidente, preso na sede da Polícia Federal. Nas redes sociais, Coelho instruiu seguidores sobre como a greve deve ocorrer, destacando que se trata do “caminho que restou”.

Ele afirmou: “Nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance sem resultado. O objetivo é a anistia ampla, geral e irrestrita para todos do 8 de Janeiro e para o presidente Bolsonaro. Quem deve ser atingido? O Congresso Nacional, que está de costas para o povo brasileiro.”

Segundo o ex-magistrado, todos os serviços devem aderir à greve, exceto bombeiros, hospitais e ambulâncias. A paralisação deve começar setorialmente, com líderes convocando seus respectivos setores, até que mais adesões se somem.

Greve histórica dos caminhoneiros em 2018

O país já presenciou uma paralisação massiva da categoria em 2018, que durou 10 dias. Na ocasião, o protesto foi contra os reajustes frequentes nos preços dos combustíveis, especialmente o óleo diesel, e causou grande impacto no abastecimento de combustíveis e alimentos.

A greve terminou após o então presidente Michel Temer aceitar algumas das demandas dos caminhoneiros, encerrando a mobilização.

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