Política

Bullying e consumo de drogas disparam nas escolas estaduais de SP; veja números alarmantes

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Levantamento do TCE mostra que ocorrências dobraram entre 2022 e 2024; governo atribui alta à melhoria na identificação dos casos.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Freepik
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 06/07/2025, às 10h00



Um relatório recente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) revelou um aumento expressivo nos casos de bullying e consumo de substâncias como álcool, tabaco e drogas ilícitas em escolas da rede estadual entre 2022 e 2024. Os dados fazem parte da análise que embasou a aprovação das contas da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo o levantamento, os registros de bullying mais que dobraram no período, passando de 4.739 para 9.270. Situação semelhante foi observada nos casos de uso de álcool e tabaco, que saltaram de 4.877 para 9.525. O crescimento mais alarmante foi o de uso de entorpecentes ilegais, que aumentaram 123%, indo de 2.087 ocorrências em 2022 para 4.655 dois anos depois.

Além disso, o relatório apontou elevação em outros indicadores preocupantes, como acidentes dentro das escolas, comércio ilegal de bebidas alcoólicas e tabaco, e tráfico de drogas. Apesar desse cenário, houve uma redução relevante nos registros de assédio sexual, que caíram de 3.018 para 1.413 no mesmo período.

O desempenho acadêmico dos estudantes da rede também foi avaliado no relatório, com base nos resultados do Saresp 2024. Apesar de uma leve melhora em relação ao ano anterior, o desempenho dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio ainda é considerado majoritariamente médio ou abaixo do esperado.

Resposta do governo estadual

Em nota, a Secretaria da Educação informou que tem intensificado ações de prevenção à violência escolar e melhorado os mecanismos de registro de ocorrências. Entre as medidas adotadas estão a capacitação das equipes escolares, integração com outros órgãos estaduais e reforço da Ronda Escolar.

A pasta destacou também a contratação de mil vigilantes, mais de 13 mil novos professores e o aumento no número de psicólogos escolares, além de 633 Professores Orientadores de Convivência, que atuam na promoção de um ambiente mais seguro e saudável nas escolas públicas de São Paulo.

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